A, B, C… Por que os nomes de vitaminas são letras do alfabeto?

Motivo é simples, mas exige que façamos uma viagem no tempo para entender bem.

As vitaminas são fundamentais para que nosso corpo funcione bem. Por isso, precisam estar presentes na nossa alimentação diária.

Indo de A até K, cada uma tem uma função específica para manter nossa saúde em dia. Mas você já parou para pensar por que são identificadas por letras?

A descoberta das vitaminas começou no início do século XX, quando os cientistas começaram a perceber o quanto os nutrientes eram essenciais para prevenir doenças.

À medida que identificavam novas vitaminas, usavam letras do alfabeto para diferenciá-las. Por isso, elas se tornaram uma verdadeira sopa de letrinhas!

Cientistas começaram a identificar a função da vitamina e nomeá-las com letras – Foto: Canva

Por que precisamos de vitaminas?

As vitaminas são micronutrientes essenciais para o funcionamento do nosso corpo. Muitas podem ser obtidas por meio de uma dieta saudável, que inclui alimentos de origem animal e vegetal.

No entanto, algumas, como a vitamina D, são melhor obtidas através da exposição ao sol.

O poder das vitaminas vai muito além do que pensamos. A falta delas pode levar o ser humano a contrair doenças graves. Um exemplo é a pelagra, que resulta da deficiência de vitamina B3.

As pessoas afetadas por essa condição podem apresentar problemas de pele, diarreia, feridas na boca e até demência.

Outra doença é o beribéri, causada pela falta de tiamina, ou vitamina B1. Essa condição está associada a sintomas neurológicos, como irritabilidade, problemas de movimento e sensibilidade nos membros, além de alterações gastrointestinais e mal-estar geral.

O papel do alfabeto nas vitaminas

Agora que você já sabe o que originou os nomes das vitaminas e por que precisamos delas, é hora de entender a função de cada uma no organismo.

Vitamina A: conhecida como retinol, a vitamina A é crucial para a saúde dos olhos, da pele e do sistema imunológico.

Descoberta em 1913 por Elmer McCollum e Marguerite Davis, foi a primeira vitamina a ser nomeada, iniciando a tradição de usar letras do alfabeto para identificar vitaminas.

Vitamina B: na verdade, o complexo B inclui várias vitaminas, cada uma com funções específicas no corpo. Por exemplo, a vitamina B1 (tiamina) é crucial para o metabolismo dos carboidratos.

Já a vitamina B12 (cobalamina) é fundamental para a formação dos glóbulos vermelhos e para o bom funcionamento do sistema nervoso.

McCollum e seus colegas utilizaram um nutriente presente no farelo de arroz em seus experimentos e o chamaram de vitamina B, em referência ao beribéri.

Vitamina C: a vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é reconhecida por sua importância na saúde do sistema imunológico e na produção de colágeno.

Descoberta por Albert Szent-Györgyi em 1932, foi uma das primeiras vitaminas a serem sintetizadas em laboratório.

Vitamina D: às vezes chamada de “vitamina do sol”, a vitamina D é essencial para a absorção de cálcio e a saúde dos ossos.

Descoberta por Edward Mellanby em 1922, é única porque pode ser sintetizada pela pele quando exposta à luz solar. De fato, essa continua sendo a principal forma de obtenção dessa vitamina.

Vitamina E: a vitamina E, um antioxidante poderoso, desempenha um papel crucial na proteção das células contra danos oxidativos.

Descoberta por Herbert Evans e Katherine Bishop em 1922, inicialmente foi chamada de “fator de fertilidade” devido à sua importância na reprodução de ratos.

Ela recebeu a letra “E” devido à sua posição de descoberta no alfabeto.

Vitamina K: por fim, mas igualmente importante, a vitamina K, descoberta por Henrik Dam em 1929, é essencial para a coagulação do sangue e a saúde óssea.

Seu nome, “vitamina K”, vem da palavra alemã “Koagulation”, destacando seu papel na coagulação sanguínea.

As letras do alfabeto nos nomes das vitaminas não apenas as diferenciam umas das outras, mas também refletem a ordem de descoberta e a variedade de funções que desempenham no corpo humano.

Essas substâncias vitais continuam sendo áreas importantes de pesquisa científica, à medida que buscamos compreender melhor seu papel na saúde e no bem-estar humanos.

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