Terremoto na Turquia destrói castelo histórico da época do Império Romano
Catástrofe já deixou mais de cinco mil pessoas mortas, além de 2,8 mil construções destruídas.
Ontem (6), um terremoto de magnitude 7,8 atingiu partes da Síria e da Turquia. E as autoridades divulgaram que mais de cinco mil pessoas morreram após o primeiro terremoto. Além disso, mais de quinze mil ficaram feridas.
Na Síria, estimam-se 912 mortos, 5.838 feridos e 2.818 edifícios destruídos. Mas a agência de desastres da Turquia ainda está avaliando todos os estragos. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 23 milhões de pessoas estão expostas aos efeitos do desastre, o que inclui um milhão de crianças.
Perdas humanas e histórias
A catástrofe tomou conta do local, e grandes perdas históricas também ocorreram. É o caso de um castelo da época do Império Romano que foi destruído.
O Castelo Gaziantep é um patrimônio da Unesco e teve sua construção nos séculos II e III d.C., como torre de vigia. Ao longo do tempo, expandiram-no e ele chegou a sua maior formação durante o reinado do imperador bizantino Justiniano. Partes do monumento se espalharam pela cidade.
“As grades de ferro ao redor do castelo foram espalhadas nas calçadas ao seu redor. O muro de contenção ao lado do castelo também desabou. Em alguns bastiões, há grandes rachaduras”, disse a agência estatal turca Anadolou.
O lugar era um ponto forte no turismo da cidade e funcionava como museu. De acordo com estudos, serviu de prédio administrativo durante o império Otomano, retornando ao papel de defesa no século 18.
Após o primeiro terremoto, sentiram um segundo, de magnitude 7,5, seguido de mais dezoito tremores com escala 4 ou mais na medição Richter.
O acontecimento foi um dos mais fortes na região em 80 anos, e infelizmente acarretou muitas catástrofes. Outra construção, desta vez do século 17, também ficou destruída parcialmente. A cúpula e a parede leste da Mesquita Sirvani, que ficam ao lado do Castelo Gaziantep, também ficaram espalhadas pelo local.
Desse modo, as autoridades estão trabalhando para resgatar pessoas presas sob os escombros. Mas o número de mortos vem aumentando conforme as horas passam.