Estão presos em teias: ‘Homem-Aranha’ de Miles Morales critica Marvel
Ainda há muito a ser feito. Saiba mais detalhes!
Recentemente, o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, sigla em inglês) começou a adicionar novos atores para aumentar a diversidade em suas produções. Essa tentativa tem dado resultados, pois, graças a isso, títulos como “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” e “Pantera Negra” tem chegado aos cinemas.
Já no mundo dos quadrinhos, também encontramos situações como essas. No entanto, uma crítica foi feita, há pouco, através das histórias em quadrinho de Miles Morales, em uma das versões do “Homem-Aranha”. Para quem não sabe, o personagem foi inserido em meados de 2011 nos quadrinhos e desde então tem feito muito sucesso.
Porém, a crítica adicionada a uma das produções da Marvel serviu para evidenciar um erro que tem sido cometido há muito tempo e, talvez, ninguém tenha percebido.
Presos na teia
Em um determinado momento, vemos em “Miles Morales: Spider-Man (2022) #2”, desenvolvido por Cody Ziglar, Frederico Vincentini e Bryan Valenza, a HQ abrir os olhos dos leitores.
Para contextualizar, assim que Miles Morales passou a fazer parte da Terra-616, ele conseguiu fazer inimigos mortais, mas também aliados fiéis. Entretanto, enquanto estava buscando respostas para um determinado caso, ele se depara com Misty Knight e fica surpreso ao encontrá-la por lá. Ambos conversam um pouco e uma ideia surge entre eles: montar uma equipe.
Após decidirem sobre o assunto, eis que as seguintes palavras são ditas: “seria legal trabalhar com outro herói negro”, e é exatamente aqui que está o problema.
Embora o MCU esteja repleto de indivíduos diferentes, bem como a Marvel Comics, a questão recorrente é que todos esses personagens negros, como os encontrados em “Pantera Negra“, não se unem com os demais que pertencem a mesma cor, ou seja, estão presos em suas teias, impedidos de colaborar com seus semelhantes.
Contudo, isso não é uma crítica contra as boas atitudes tomadas pelos estúdios Marvel, relacionadas a inclusão, mas, sim, um aviso de que ainda há muito a ser feito, a fim de que todos possam contribuir um com os outros, principalmente, aqueles que se identificam com um mesmo grupo.