Saiba mais sobre o filme de terror bastante confuso de que Eddie Murphy participou

Eddie Murphy estrelou o filme 'Um Vampiro no Brooklyn', de 1995, que é considerado uma falha tanto na comédia quanto no terror. Confira!

Muita gente já ouviu falar ou já deve ter visto algum filme de Eddie Murphy. Ele é considerado uma das maiores figuras da comédia do século XX, tendo conquistado diversos segmentos desse gênero ao longo de sua carreira, começando pelo mundo do stand-up, da televisão e do cinema, respectivamente.

Ele até pode ser comumente associado a algo relacionado à comédia, mas o artista já fez de tudo: romance, ação, ficção e até filme de drama. Contudo, um de seus filmes mais estranhos e confusos foi um do gênero de terror contendo vampiros, o qual é chamado de “Um Vampiro no Brooklyn“, de 1995, que está sendo transmitido atualmente pelo HBO Max.

Este é um filme que parecia ter tudo a seu favor: uma superestrela no auge da sua carreira em 1990, Eddie Murphy, um elenco de apoio muito talentoso, incluindo Angela Bassett, e o lendário diretor de filmes de terror Wes Craven, que, logo depois, revitalizou o gênero com o filme “Pânico“.

Porém, o filme acabou sendo prejudicado pelo desejo que Eddie Murphy tinha na época, ou seja, a vontade de fazer qualquer coisa menos filmes de comédia. O resultado é uma produção que basicamente poderia ser chamada de “comédia-horror”, mas nunca se tornou algo bem-sucedido.

O papel de Murphy na época foi interpretar um personagem de nome Maximillian, um vampiro caribenho que chega à cidade de Nova York em busca de um dhampir (meio humano, meio vampiro) que poderia ajudar a prolongar sua vida até a próxima Lua cheia. Nesse contexto, a trama começa com uma cena de um cargueiro cheio de marinheiros mortos colidindo com uma doca do Brooklyn em uma clara homenagem à viagem de Drácula à Inglaterra no romance de Bram Stoker.

Conforme informações de Wes Craven na época, Eddie Murphy foi resolutamente contra ao fato de ter de a fazer qualquer coisa relacionada à comédia neste filme. Isso porque, nos anos 1990, ele começou a trabalhar contra sua imagem estereotipada de Axel Foley quando tentou ser um protagonista (“O Príncipe das Mulheres”), um satirista político (“Um distinto Cavalheiro”) e, com o filme “Um Vampiro no Brooklyn”, ele tentou ser um vilão sobrenatural.

O que sabemos disso tudo é que ele não estava somente interessado em interpretar um vilão, pois queria ter um ar simpático e sexy ao mesmo tempo.

Por conta disso, as cenas vistas no filme alternam entre ele estar seduzindo Angela Bassett, assassinando violentamente pessoas em cenas, às vezes, assustadoras, ou cedendo a algumas ações engraçadas.

Porém, “Um Príncipe em Nova York” já tinha sido o divisor de águas na carreira de Eddie Murphy, já que foi a produção em que ele percebeu seu verdadeiro potencial de estar interpretando vários papéis em um mesmo filme. Assim, “Um Vampiro no Brooklyn” parou por duas longas cenas nas quais ele interpretou um pregador estereotipado e, depois, interpretou um aspirante a ítalo-americano.

“Um Vampiro no Brooklyn” arrecadou cerca de US$ 35 milhões em bilheterias na época, com um orçamento na casa dos US$ 14 milhões, o que não é ruim, mas definitivamente não é o que Eddie Murphy pós-Um Tira da Pesada estava esperando. O filme também foi atacado pelos críticos e atualmente detém somente 12% no Rotten Tomatoes, embora tenha sido visto como um dos clássicos do estilo cult em alguns cantos do fandom de terror.

Por fim, logo depois, no ano seguinte, Eddie Murphy estrelaria o remake de “O Professor Aloprado”, que explorou muito essa sua tendência de interpretar vários personagens. Aparentemente, enfim, parece que “Um Vampiro no Brooklyn” já foi o suficiente para ele se assustar e não voltar mais a fazer filmes de terror.

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