Aceleração de asteroide Phaeton põe uma missão em risco? Saiba mais!
Com essa recente descoberta sobre um dos maiores asteroides que está bem próximo ao nosso planeta, qual será o rumo da missão DESTINY+?
Phaeton está incluído na lista dos 11 asteroides mais conhecidos que tem rotação acelerada. Pesquisas recentes descobriram essa aceleração, cujo motivo ainda não é certo por parte dos cientistas. Entre as possibilidades estão os efeitos do calor emitido pela luz solar e a perda de massa do objeto espacial.
Com essa recente descoberta sobre um dos maiores asteroides que está bem próximo do nosso planeta, qual será o rumo da missão DESTINY+?
No Observatório de Arecibo, localizado em Porto Rico, Sean Marshall, um cientista planetário, pôde observar que o asteroide 3200 Phaeton, ou Faetonte, como também é conhecido, está girando cada vez mais rápido.
Os astrônomos observavam o astro a fim de refinar seus parâmetros quando perceberam sua aceleração. Apesar de Faetonte ser considerado um perigo em potencial, o fato de haver um amplo conhecimento dos cientistas sobre sua órbita afasta qualquer suspeita de risco, como uma futura colisão com a Terra.
O motivo da observação de Sean Marshall e seus colegas de equipe para com o asteroide Phaeton se devia ao fato de que a Agência Espacial JAXA pretende visitar o astro por meio de sua missão DESTINY+. As informações por eles coletadas serviram de alimento para modelos sobre a missão, no entanto, segundo Marshall, as previsões de modelo de forma não correspondem aos dados.
O asteroide de 5,8 quilômetros não teve a mesma estimativa de brilho que realmente o acompanhava. Os cientistas explicam que essa incompatibilidade pode ter sido por causa de uma alteração rotacional em algum momento entre as observações de 2021, pois em 2020 o astro estava perto do periélio, período em que um astro ou planeta está mais próximo do Sol.
Comparando dados de 1989 a 2021, Marshall chegou à conclusão de que as informações correspondem a um modelo de aceleração rotacional constante. Esse modelo representa de maneira mais ideal o que de fato acontecia com o asteroide.
A pequena aceleração constante de apenas 4 milissegundos anuais só fica evidente com o passar de algumas décadas. Como as mudanças de Phaeton são estáveis elas poderão ser previstas, com isso, a missão DESTINY+ não corre risco de ser cancelada, pois os cientistas saberão quais regiões estarão iluminadas pelo Sol.