Competição Oficial: O filme de humor ácido estreia no cinema espanhol
Em uma competição oficial, um empresário bilionário decide fazer algo para deixar uma marca, então, decide tornar-se produtor de cinema
Contratando somente os melhores: a famosa cineasta Lola Cuevas (Penélope Cruz) e os dois renomados atores: o intérprete de Hollywood Félix Rivero (Antonio Banderas) e o ator de teatro radical Iván Torres (Oscar Martínez).
Ambos são lendas, contudo, rivais. Eles devem passar por testes cada vez mais excêntricos, as brincadeiras de Lola e acabarão enfrentando a si mesmos.
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Esta história pertence a uma comédia demasiadamente inteligente, que estreou no Festival de Veneza e já está nos cinemas espanhóis. Dirigido pelos diretores argentinos Mariano Cohn e Gastón Duprat, reproduziram os bastidores das etapas da criação dos personagens.
“Nosso objetivo é mostrar como os atores montam suas emoções, as técnicas, meios e procedimentos expostos ao observador”, explica Marion Cohn.
E foi assim que a proposta ganhou forma, ele mostra o que, normalmente, não temos acesso em outros títulos referentes às maneiras de efetuar um filme ou problemáticas de produção.
A Competição Oficial foca em métodos utilizados pelos atores ligados e como conseguem nos fazer chorar, rir ou, em outras palavras, nos emocionar. E estas coisas são uma chave bem-humorada.
De acordo com o resumo de Gastón Duprat, um dos diretores: “No fim das contas acaba sendo um curso online sobre como criar emoções no espectador. Dúvidas sobre como ocorre o desenvolvimento da criação artística, além da competição profissional, o ego, a necessidade de admiração e reconhecimento”, diz.
Penélope Cruz, uma diretora egocêntrica. Inspirada por muitos diretores que trabalharam no meio cinematográfico. “Construímos algo extremamente deformado e assustador com nossa imaginação referente ao que descrevemos e as pessoas que conhecemos”.
Contudo, Antonio Banderas relata que, mesmo sendo algo exagerado, ainda consegue representar a realidade. Ele conta que, ao decorrer das filmagens, obteve o sentimento de estar fazendo algo extraordinariamente diferente.
Além disso, ele completou “nos tempos atuais de politicamente correto é demasiadamente difícil produzir uma comédia sem que algum grupo se sinta ofendido”. “Este filme mostra a chama das vaidades a que estamos expostos e demonstra muito bem que o universo vai muito além“.
Processo diferentemente criativo
O foco proposto para eles mesmos era descontrair-se no processo de formação do filme, permitir que as coisas ocorressem sem efetuar cortes após cada cena. Os diretores aplicaram muitas sugestões dos atores e concederam a eles grande liberdade, com a seguinte perspectiva: “filmando algumas cenas de mais ou menos 10 minutos onde os permitíamos improvisar e deixar as coisas acontecerem naturalmente”.
“Algumas vezes fora necessário efetuar cortes, devido ao fato de cairmos na gargalhada“, diz Cohn. “Ele subtrai o humor negro de momentos absurdos sem ao menos ridicularizar o ator, além de revelar que a preparação de um ator pode ser vista como algo realmente bobo“, afirma Penélope Cruz.
O filme participou do Festival Internacional de Cinema de Toronto e do Festival Internacional de Cinema de San Sebastian. Porém, para nossa felicidade, agora encontra-se nos cinemas.