‘Olo’: nova cor é descoberta, mas você não poderá vê-la a olho nu
Estudo revela a descoberta da cor através de experimento inovador, inatingível à vista humana sem intervenção específica.
A capacidade humana de distinguir cores é surpreendente, embora limitada. Recentemente, estudos da Universidade da Califórnia, publicados na revista Science, revelaram a criação de uma cor inédita, denominada “olo”.
Esta tonalidade, no entanto, permanece invisível ao olho humano sob condições normais, exigindo manipulações especiais para ser percebida.
Como enxergamos as cores?
Foto: Shutterstock
Oftalmologistas enfatizam o papel essencial da luz e da retina na percepção visual. A luz branca, composta por múltiplas cores, incide sobre objetos, que absorvem algumas tonalidades e refletem outras.
As cores refletidas são as que vemos, enquanto as absorvidas permanecem invisíveis.
Diferentes partes do olho, como a retina e os cones, contribuem para esse processo. Quando a luz atinge a retina, ativa células fotorreceptoras que enviam sinais ao cérebro, permitindo a percepção de uma ampla gama de cores.
A importância dos cones
Os cones, essenciais para a visão colorida, reagem a diferentes comprimentos de onda de luz. Eles se dividem em três tipos:
- Cone S: detecta comprimentos de onda curtos, permitindo a visualização de tons azuis.
- Cone M: reage a comprimentos médios, destacando tonalidades verdes.
- Cone L: sensível a comprimentos longos, possibilitando a percepção de vermelhos.
Na ausência de iluminação suficiente, os cones necessitam do suporte dos bastonetes, células altamente sensíveis que garantem a visão em condições de pouca luz e a percepção de movimentos.
Descoberta da cor ‘Olo’
Foto: Shutterstock
O olho humano distingue milhões de cores, mas a “olo” permanece fora do alcance visual natural. O experimento responsável por essa descoberta utilizou feixes de laser para alterar a percepção ocular.
Cinco participantes conseguiram visualizar a cor “olo” ao terem células específicas da retina estimuladas de forma seletiva. Essa técnica destaca as complexidades da interação entre luz, olhos e cérebro na percepção das cores.
Nesse mesmo experimento, apenas os cones M foram estimulados, excluindo os cones L e S, o que permitiu a indução da percepção dessa nova cor. Esse método de estímulo seletivo é exclusivo de ambientes controlados e não ocorre naturalmente.
A pesquisa abre portas para novos estudos, especialmente no campo do daltonismo, oferecendo insights sobre como indivíduos com essa condição percebem cores.
Compreender como o cérebro processa essas informações visuais pode conduzir a avanços significativos na área médica e científica.