Marca chinesa deixa Apple comendo poeira em vendas de celulares no Brasil

Realme conquista o quarto lugar no mercado brasileiro de celulares, superando a Apple, em um trimestre de crescimento nas vendas.

O mercado de celulares no Brasil assistiu a uma mudança significativa no primeiro trimestre de 2025. Segundo a empresa de análise de mercado Canalys, a chinesa Realme subiu ao quarto lugar em vendas no país, desbancando a gigante Apple, que desceu para a quinta posição.

Este sobe e desce no ranking surpreendeu muitos, considerando que a chegada da Realme ao país ocorreu há cerca de dois anos, em 2021.

O cenário nacional contrasta com a tendência da América Latina, onde as vendas de celulares caíram 4%. Esse crescimento pode ter favorecido a ascensão da Realme no Brasil.

Ascensão rápida da chinesa

A Realme, desde sua chegada, conquistou os consumidores brasileiros com sua estratégia de oferecer celulares a preços mais acessíveis que os de seus concorrentes.

Enquanto a Samsung mantém a liderança com 43% de participação no mercado, seguida pela Motorola e Xiaomi, a Realme encontrou uma brecha ao entregar dispositivos de alta qualidade a preços mais baixos.

A mudança de posição entre Realme e Apple é um indicativo das preferências dos consumidores, que buscam mais por dispositivos acessíveis. Isso não reflete necessariamente uma crise para a Apple, mas sim uma adaptação às condições econômicas do Brasil.

Posicionamento no ranking

  1. Samsung – 43% de mercado
  2. Motorola – 23%
  3. Xiaomi – 15%
  4. Realme – 7%
  5. Apple – 5%

Impactos regionais

A América Latina viu uma queda nas vendas totais de celulares, mas o Brasil foi uma exceção, apresentando um crescimento notável. Por aqui, houve um aumento de 3%, com 9,5 milhões de unidades vendidas, correspondendo a 28% das vendas do continente.

Apesar das dificuldades econômicas regionais, a preferência por dispositivos com bom custo-benefício impulsionou as vendas, beneficiando marcas como a Realme.

A presença mais longa da Samsung e da Motorola no mercado brasileiro ainda garante suas posições dominantes. Entretanto, a Realme mostra que, mesmo chegando depois, é possível conquistar uma fatia significativa ao ajustar a estratégia ao perfil do consumidor local.

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