Apego emocional? Saiba por que acumular lixo eletrônico em casa é uma péssima ideia

Acúmulo de dispositivos eletrônicos antigos impulsiona poluição global. Saiba como descartar corretamente e contribuir para a preservação ambiental.

Você já se perguntou o que fazer com aquele celular velho ou pilhas enferrujadas esquecidas na gaveta? Esse hábito aparentemente inofensivo contribui para a crescente questão ambiental do lixo eletrônico.

Dito isso, é crucial entender a importância de descartar corretamente esses itens e os riscos de manter aparelhos sem uso. Estudos indicam que quase metade dos brasileiros desconhece o modo certo de se desfazer dessas peças tecnológicas.

Muitos são esquecidos ou guardados por falta de informação. No entanto, a reciclagem surge como uma solução acessível e eficaz para mitigar esse problema.

Causas do acúmulo de eletrônicos

O acúmulo de eletrônicos antigos decorre de diversos fatores. Psicologicamente, há um apego emocional a esses objetos, simbolizando épocas passadas.

Cerca de 15% dos brasileiros relatam ter dificuldade em se desfazer dos dispositivos por motivos emocionais. Além disso, aproximadamente 9% guardam celulares como reserva para emergências.

Foto: Shutterstock

Outro desafio é a falta de conhecimento sobre o descarte correto. A pesquisa revela que 49% das pessoas não sabem como realizar esse processo.

Além disso, 73% dos entrevistados apontam a ausência de pontos de coleta acessíveis como um obstáculo significativo. Esse cenário destaca a necessidade de políticas públicas eficazes para facilitar o descarte apropriado.

Impactos do lixo eletrônico

Embora possa parecer inofensivo, manter dispositivos eletrônicos velhos causa sérios impactos ambientais e logísticos.

Baterias presentes em muitos aparelhos contêm metais pesados, que podem vazar e contaminar o meio ambiente. Esse vazamento afeta animais, fontes de água e até seres humanos, devido à bioacumulação de metais no organismo.

Além disso, o descarte inadequado leva à perda de materiais valiosos. Nesse cenário, a reciclagem permite a reutilização desses elementos na produção de novos dispositivos.

A falta dela resulta em maior extração de matéria-prima, ampliando o impacto ambiental. A crise dos semicondutores ilustra essa questão, dificultando a disponibilidade de certos produtos no mercado.

O Brasil e a produção de lixo eletrônico

O Brasil ocupa a quinta posição mundial na geração de lixo eletrônico, com 2,4 milhões de toneladas anuais, de acordo com a Descarbonize Soluções.

Nas Américas, o país só perde para os Estados Unidos. Apenas 3% desse volume é reciclado. A forma como os brasileiros consomem tecnologia e a falta de acesso ao descarte adequado são fatores críticos para essa classificação.

Mais de 75% dos entrevistados compram novos eletrônicos sem necessidade real, impulsionados por tendências e estratégias de obsolescência programada.

Quase 30% trocam de dispositivos frequentemente para acompanhar as modas, ignorando o impacto ambiental de suas escolhas. Paralelamente, 89% dos consumidores não consideram o lixo eletrônico gerado ao adquirir novos aparelhos.

Soluções e práticas de descarte

Televisores quebrados, controles de videogame e qualquer eletrônico que utilize pilhas ou tomadas devem ser reciclados. Opções práticas de descarte incluem áreas próprias em condomínios e serviços oferecidos por lojas de departamento e supermercados.

Outra alternativa são os Pontos de Entrega Voluntária, mantidos por fabricantes e importadores. Esses locais podem ser encontrados no site do Green Eletron.

O envolvimento da comunidade e a adoção de práticas adequadas podem transformar a maneira como lidamos com o lixo eletrônico, contribuindo para um futuro mais sustentável.

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