Ar-condicionado pode acabar? Nova tecnologia de resfriamento promete substituir o ‘queridinho’

Pesquisadores desenvolvem um novo dispositivo de resfriamento 48% mais eficiente que o ar-condicionado, sem uso de gases nocivos.

O efeito estufa está tornando nosso planeta cada vez mais quente, e a solução mais comum para lidar com o calor tem sido o uso de ar-condicionado. No entanto, esse conforto tem um custo elevado: os aparelhos consomem grandes quantidades de energia, geram mais poluição e acabam contribuindo para o agravamento do aquecimento global.

Mas será que os dias do ar-condicionado tradicional estão contados? Um novo dispositivo de resfriamento desenvolvido por pesquisadores pode ser a resposta para essa pergunta, oferecendo uma alternativa mais eficiente e ecológica para os ambientes internos. As informações são do Olhar Digital.

Sistema pode substituir o ar-condicionado

Foto: Tanmoythebong/Shutterstock

Pensando em como reduzir os impactos ambientais do uso do ar-condicionado, cientistas criaram um sistema que promete ser 48% mais eficiente do que os métodos convencionais.

Ele funciona de uma forma totalmente diferente, dispensando o uso de gases que agridem o meio ambiente e, de quebra, diminuindo o consumo de energia elétrica.

Essa tecnologia pode transformar a maneira como lidamos com o calor, tornando nosso dia a dia mais confortável e sustentável ao mesmo tempo. Além disso, ela representa um avanço importante na busca por soluções que amenizem os efeitos das mudanças climáticas.

Como esse novo dispositivo funciona?

A novidade se baseia em um fenômeno chamado efeito elastocalórico. Basicamente, o efeito elastocalórico acontece quando um material sólido muda sua forma ao ser submetido a uma força mecânica, como ser esticado ou comprimido, e depois retorna ao seu estado original. Essa mudança de forma gera um resfriamento ou aquecimento do material, dependendo de como a força é aplicada e liberada.

Pesquisadores com o protótipo do ar-condicionado elastocalórico (Foto: Divulgação/Universidade de Hong Kong)

O grande trunfo dessa tecnologia é que ela não precisa de gases nocivos, como os utilizados em aparelhos de ar-condicionado comuns. Esses gases, conhecidos como hidrofluorcarbonetos (HFCs), podem ser até milhares de vezes mais prejudiciais ao meio ambiente do que o dióxido de carbono (CO₂).

Ao dispensar esses elementos, o novo dispositivo se torna não só mais eficiente, mas também muito mais seguro para o planeta, evitando impactos negativos em grande escala.

Durante os testes, esse novo sistema de resfriamento conseguiu atingir temperaturas de até -198 °C, tudo isso sem a necessidade de gases adicionais ou substâncias químicas prejudiciais.

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