Empresas de games fazem uso de IA em mais de 60% das criações
Mesmo que alguns profissionais tentem se afastar da tecnologia, as inteligências artificiais se tornam maioria nas escolhas dos estúdios.
Segundo a Unity, uma parcela significativa, correspondente a 62% dos criadores que utilizam sua plataforma, já integraram a inteligência artificial (IA) em algum estágio do desenvolvimento de jogos.
A adoção da IA contempla uma ampla gama de aplicações, desde a elaboração de protótipos até a construção de vastos universos e a realização de testes críticos.
Ainda assim, apesar da crescente integração de tal tecnologia, a transição para ela não resultou diretamente em eficiência acelerada.
Enquanto em 2022 um projeto típico levava cerca de 218 dias para ser concluído, agora, esse tempo se estendeu para 304 dias.
Apesar do aumento no tempo de produção, nem tudo são más notícias. Cerca de 71% dos estúdios que adotaram a IA relataram melhorias operacionais significativas.
Tais melhorias foram especialmente evidentes na animação de personagens e na escrita de códigos, áreas-chave no desenvolvimento de games.
Estúdios gamers têm desenvolvimento criado por inteligência artificial – Imagem: Freepik/Reprodução
A IA nos estúdios de jogos
Os números revelados pela Unity, baseados na experiência de 300 participantes, podem oferecer uma visão limitada do panorama geral da indústria.
Apesar da pesquisa com uma pequena parcela, ela corrobora uma tendência já observada em estudos anteriores, como o da GDC, que indicava que quase metade dos estúdios já empregavam IA em suas operações.
A IA tem se destacado especialmente na fase de prototipagem, reduzindo consideravelmente o tempo de produção, que, em 2023, poderia chegar a três meses.
Uma parcela significativa dos usuários (56%) utiliza essa tecnologia na criação de ambientes virtuais, enquanto 64% deles a enxergam como uma ferramenta eficaz para preencher tais ambientes de forma rápida e eficiente.
Com isso, a IA está crescendo no cenário e se destacando ainda mais na indústria — mesmo que muitos ainda não tenham reconhecido que podem caminhar lado a lado com a tecnologia.