Superbilionário australiano quer reconstruir o Titanic; entenda
Dono de empresas no ramo de mineração, Clive Palmer deseja replicar a experiência do verdadeiro Titanic.
Por mais de dez anos, Clive Palmer, um bilionário da Austrália conhecido por seus empreendimentos na área da mineração, tem alimentado o sonho de criar uma nova versão do Titanic.
Recentemente, Palmer falou sobre seu projeto, o Titanic II, durante um evento realizado na Sydney Opera House, na Austrália.
Segundo a CNN, o bilionário supostamente recebe cerca de US$ 500 milhões (em torno de R$ 2,5 bilhões) em royalties da indústria de mineração a cada ano.
A ideia do empresário é criar uma réplica do famoso navio que naufragou em 1912, resultando na perda de mais de 2,2 mil vidas, com apenas 700 sobreviventes.
Durante a coletiva, ele inclusive disse uma frase que chamou a atenção:
“É muito mais emocionante trabalhar no Titanic do que simplesmente ficar em casa contando meu dinheiro”, comenta o empresário.
Quando Clive Palmer compartilhou pela primeira vez sua visão de construir uma versão atualizada do navio, muitos consideraram que ele tinha recursos financeiros e uma personalidade excêntrica que o capacitavam para tal empreendimento.
No entanto, a ideia não avançou. Posteriormente, com a eclosão da pandemia de Covid-19, o projeto foi interrompido, devido ao fechamento de portos.
A Blue Star Line, da qual Palmer é presidente, é a empresa por trás desse ambicioso projeto.
Empresário almeja criar réplica de Titanic – Foto: Reprodução
Agora que a pandemia ficou para trás e os cruzeiros estão voltando a ser populares, Palmer acredita que é o momento ideal para ressuscitar seu sonho.
“Temos o prazer de anunciar que, após atrasos globais imprevistos, reencontramos parceiros para dar vida ao sonho do Titanic II. Que comece a jornada”, revela Palmer.
Início das obras e detalhes do navio
O projeto está programado para começar no primeiro trimestre de 2025. O navio terá 269 metros de comprimento e 32,2 metros de largura, um pouco mais largo que o original.
Serão disponibilizadas 2.345 vagas para passageiros, distribuídas em nove decks com 835 cabines. Quase metade dessas cabines será reservada para passageiros de primeira classe.
Os passageiros da terceira classe serão servidos com guisado e purê em mesas longas em uma sala de jantar comunitária, mantendo a tradição do navio original.
Porém, um porta-voz mencionou que outras opções de refeições também estarão disponíveis para aqueles que desejam uma experiência menos autêntica.
O mais curioso é que os passageiros serão encorajados a se vestirem como na década de 1900, mas não será obrigatório.
“Titanic II é algo que pode proporcionar paz. Pode ser um navio de paz entre todos os países do mundo. Milhões sonharam em navegar nele, vê-lo no porto e vivenciar sua majestade única. O Titanic II será o navio onde esses sonhos se tornarão realidade”, afirma o empresário australiano.