4 coisas que você não sabe sobre as profundezas do oceano
O oceano segue como um mistério para todos, por isso, tem instigado a mente de cientistas e até de cineastas. Confira!
Nós conhecemos mais sobre o universo do que sobre os oceanos. Isso acontece devido às suas condições peculiares.
Explorar o espaço sideral pode ser mais viável em termos de acesso do que explorar as profundezas dos mares. Por um lado, ele pode ser alcançado usando tecnologias de foguetes e espaçonaves.
Enquanto isso, as profundezas marinhas requerem submarinos especiais e equipamentos de mergulho de alta tecnologia, o que torna a exploração mais desafiadora e cara.
Os desafios enfrentados pelos pesquisadores
O mar é belo e tem muitas criaturas e lugares desconhecidos pela humanidade – Imagem: Reprodução
Os empecilhos, sobretudo por causa da pressão marítima, fazem com que grande parte do oceano permaneça inexplorada. Assim, há muito a ser descoberto sobre ecossistemas marinhos, processos oceânicos e a vida aquática.
Devido às limitações, as informações sobre as profundezas do oceano, em sua maioria, são preciosas não só para a comunidade científica, mas para sociedade de modo geral.
Afinal, todo conhecimento científico deve, ou pelo menos deveria, ser compartilhado com a sociedade. Em vista disso, elaboramos uma lista com 4 fatos surpreendentes sobre o oceano. Confira!
4. O ponto mais profundo do planeta
A topografia do oceano é tão variada quanto a da superfície terrestre, com montanhas submarinas e vales profundos que desafiam a imaginação.
Um dos fenômenos mais fascinantes desse ambiente é a Fossa das Marianas, um abismo localizado no oeste do Oceano Pacífico, que se estende por mais de 2.540 quilômetros.
Dentro dele, encontra-se a Depressão Challenger, o ponto mais profundo conhecido na superfície da Terra, com mais de 11 mil metros abaixo do nível do mar.
A paisagem na Depressão Challenger é caracterizada por um ambiente escuro e pressões extremas, tornando-a um dos lugares menos explorados e mais desafiadores do planeta.
3. Uma das camadas menos exploradas
A zona hadal é uma das camadas menos exploradas e, consequentemente, uma das mais misteriosas dos oceanos.
Localizada nas profundezas extremas das fossas oceânicas, como a Fossa das Marianas, a zona hadal é caracterizada por sua profundidade excepcional e condições ambientais extremas.
A palavra hadal deriva de Hades, o deus grego do submundo, refletindo a natureza escura e enigmática de tais regiões.
Essas áreas são encontradas em pontos que excedem os 6 mil metros abaixo da superfície do mar, chegando em alguns casos até 11 mil metros ou mais.
Lá as pressões hidrostáticas são extremamente altas, o que cria um ambiente desafiador para qualquer forma de vida.
A ausência de luz solar resulta em condições de escuridão total e em temperaturas próximas ao congelamento, afinal, a água também é mais fria nas profundezas.
No entanto, apesar desses aspectos adversos, a zona hadal é o lar de uma variedade surpreendente de vida marinha adaptada a esses ambientes extremos.
Organismos como peixes, crustáceos, moluscos e até micro-organismos conseguiram se adequar às pressões esmagadoras e à escuridão total.
2. Explorações significativas
Na década de 1960, o batiscafo Trieste, desenvolvido especificamente para explorações em ultraprofundidade, realizou a primeira expedição histórica à Depressão Challenger, com Jacques Piccard e Don Walsh a bordo. Suas descobertas desafiaram as expectativas científicas.
Em 2012, James Cameron, diretor de ‘Titanic’, estabeleceu um recorde mundial ao pilotar um submersível até aproximadamente 10.908 metros.
Alguns anos depois, em 2019, Victor Vescovo desceu ainda mais fundo, testemunhando um sinal alarmante do impacto humano.
A uma profundidade de 10.927 metros, Vescovo encontrou resíduos humanos, incluindo uma sacola plástica e embalagens de doces, destacando a presença de poluição até nos recantos mais remotos do planeta.
1. Patrimônio Nacional no oceano
Em 2009, os Estados Unidos estabeleceram o Monumento Nacional Marinho das Fossas Marianas para proteger o ecossistema marítimo e as formas de vida únicas que prosperam nas profundezas. Tal área protegida abrange cerca de 246 mil quilômetros quadrados.