Descoberta histórica: lavrador encontra 'tesouro' do Brasil Colonial por acaso
Achado surpreendente no Tocantins revela mais de 200 moedas do século XIX. Saiba mais!
A busca por tesouros muitas vezes é associada a histórias de piratas ou aventuras épicas, mas, para o lavrador Valdomiro Costa, essa jornada começou em um terreno próximo à sua casa, em Conceição do Tocantins.
Munido de um detector de metais usado, o lavrador encontrou um jarro de barro que escondia mais do que ele poderia imaginar.
Uma descoberta surpreendente
No primeiro dia de sua empreitada em busca de objetos preciosos, Valdomiro Costa deparou-se com um pote de barro enterrado.
Inicialmente desapontado, ele não imaginava a riqueza histórica que estava prestes a descobrir.
Ao abrir o jarro, deparou-se com mais de 200 moedas antigas, desencadeando uma reviravolta em sua percepção inicial.
“Eu nem via ‘ligança’ [importância]. A ligança minha era de arrumar ouro. Falei ‘ah, não vale nada não. Amanhã cedo eu vou é caçar ouro’”, confessa Valdomiro em entrevista ao portal G1.
Valdomiro e o filho, com o tesouro encontrado – Imagem: TV Anhanguera/Reprodução
O que parecia ser uma decepção inicial revelou-se um verdadeiro tesouro histórico. Seu filho, Raelson Costa, percebendo o potencial histórico do achado, buscou a ajuda de uma professora de História.
A professora Janilde Cursino, entusiasmada com as moedas, percebeu a importância histórica do achado ao verificar que as moedas datavam de 1816, remontando ao Período Colonial e Imperial do Brasil.
A pesquisa revelou que, entre as 206 moedas de bronze, uma de prata se destacava, denominada ‘patacão’, avaliada em 960 réis.
Após a autenticidade do tesouro ser confirmada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), Valdomiro Costa, agora consciente do valor histórico do achado, manteve as moedas consigo, enquanto o pote de cerâmica foi cedido ao Museu de Conceição do Tocantins.
Qual será o futuro desse tesouro desenterrado?
Com a venda autorizada das moedas pelo Iphan, Valdomiro decidiu guardar os bens em um cofre de um banco em outra cidade, aguardando o momento ideal para decidir o que fazer com esse tesouro histórico.
Sua motivação é clara: proporcionar melhores oportunidades para sua família, especialmente seus filhos, em meio às condições econômicas desafiadoras.
A descoberta, que remonta à época do ciclo do ouro no Tocantins durante o Período Colonial, adiciona uma página intrigante à história local.
Ainda envolta em mistério, a identidade de quem enterrou as moedas permanece desconhecida, acrescentando uma camada de fascínio a este emocionante capítulo na vida do lavrador Valdomiro Costa.