Crise iminente: diretora de animação alerta para o colapso da indústria anime

Terumi Nishii, renomada na indústria, clama por ação urgente diante das ameaças que pairam sobre o futuro dos animadores e estúdios de anime no Japão.

As animações japonesas, conhecidas como anime, têm uma história rica e diversificada. Originando-se no início do século XX, com influências do mangá, o primeiro anime reconhecido é ‘Namakura Gatana’ (1917).

Em seguida, o período pós-Segunda Guerra Mundial viu um renascimento, com obras como ‘Astro Boy’ (1963) definindo o estilo.

Nas décadas seguintes, o Studio Ghibli, liderado por Hayao Miyazaki, elevou o anime internacionalmente com clássicos como ‘My Neighbor Totoro’. A explosão global ocorreu nos anos 90, com séries como ‘Dragon Ball’ e ‘Sailor Moon’.

Hoje, o anime continua a florescer, conquistando audiências globais com narrativas inovadoras e estilos distintos. No entanto, aparentemente, hoje, tal cenário passa por uma crise.

Diretora renomada alerta para colapso iminente na indústria dos animes

Crise ameaça profissionais do setor de animes – Imagem: Shutterstock/MarbellaStudio/Reprodução

A respeitada diretora de animação, Terumi Nishii, recentemente compartilhou suas preocupações sobre o iminente colapso da indústria anime em uma série de tweets.

Nishii, com uma carreira notável que abrange desde ‘Jujutsu Kaisen 0’ até ‘JoJo’s Bizarre Adventure’ e ‘Death Note’, levanta questões cruciais sobre o futuro da animação japonesa.

“É sério, acabou. Assim que a geração de Kagawa partir, tudo terminará de uma vez. Precisamos fazer algo sobre cursos de treino até lá”, alerta Nishii.

Ela destaca a fragilidade da formação de novos animadores, apontando para a incapacidade dos estúdios em lidar com esse desafio.

A falta de investimento em treinamento é particularmente grave, considerando que muitos instrutores são animadores freelancers, incapazes de transmitir conhecimentos de maneira estruturada.

Ao refletir sobre a era de Hisashi Kagawa, conhecido por seu trabalho em ‘Sailor Moon’, Nishii destaca a transformação drástica na indústria anime. Horas extras obrigatórias e salários precários para freelancers são apenas algumas das falhas significativas.

Estúdios proeminentes, como o MAPPA, têm sido alvo de críticas devido às exigências exorbitantes nos cronogramas de produção. Segundo Nishii, se esse ambiente persistir, a indústria de animes pode perder seu domínio no Japão.

O apelo por uma mudança urgente ressoa, especialmente quando a próxima geração de animadores enfrenta uma lacuna crítica na orientação e treinamento necessários para prosperar.

A mensagem clara de Nishii serve como um chamado à ação, destacando a necessidade premente de reformas para garantir um futuro sustentável para a indústria de anime japonesa.

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