Placas tectônicas da Terra ganham novo mapa, mais preciso e detalhado
Mapa atualizado traz uma série de dados importantes. Quase todos os terremotos podem ser explicados a partir dessa nova configuração.
Um novo mapa de todas as placas tectônicas da Terra foi divulgado recentemente por pesquisadores. Por meio dele, é possível delimitar bem os limites impostos pelos encontros de diferentes placas e entender melhor sobre a formação dos continentes.
O desenho foi publicado na revista Earth-Science Reviews e apresenta todas as placas que estão ativas hoje no planeta. Os pesquisadores as classificam como ‘províncias geológicas’.
Os arquivos foram divulgados em formato Shapefile e estão disponíveis no GitHub para toda a comunidade geocientífica.
A ideia dos pesquisadores foi analisar e interpretar uma grande variedade de dados para desenvolver modelos físicos e composicionais da litosfera.
Explicação para fenômenos naturais
Mapa das placas tectônicas – Foto: Reprodução
O principal autor do estudo, Derrick Hasterok, da Universidade de Adelaide, na Austrália, destaca que 90% dos terremotos e 80% dos vulcões do Quaternário podem ser explicados a partir do novo modelo.
Daí a importância da identificação da nova configuração das placas, pois ela pode ajudar a evitar tragédias.
Segundo a pesquisa, 16% da superfície da Terra estão dentro de uma zona limite de placa. Além disso, 57,5% da crosta terrestre têm natureza oceânica e o restante é continental.
Os pesquisadores avaliaram também as rochas na superfície do planeta.
Veja o vídeo:
Mapas detalhados
O foco do estudo baseou-se no modelo de províncias geológicas globais, com mapas que apresentam diversas características geológicas fundamentais.
Além dos limites atuais das placas tectônicas, elas apresentam ainda peculiaridades geofísicas, geoquímicas e geocronológicas.
Fora isso, é importante ressaltar que, por ser digital, gratuito e de código aberto, o novo mapa pode ser atualizado a qualquer momento com melhorias e novos dados essenciais.
A intenção dos autores é justamente criar um ambiente colaborativo na comunidade de geociências.
Com os novos detalhes apresentados pelo mapa, será possível entender melhor o tecido geológico da Terra.
Os arquivos estão em formato compatível com Ferramentas de Mapeamento Genérico, que são softwares utilizados para gerenciar dados geoespaciais.
