EUA inauguram inovadora tecnologia para remoção de CO2 da atmosfera
A Heirloom Carbon Technologies apresenta a 1ª instalação de Captura Direta de Ar, promovendo uma abordagem revolucionária no combate às emissões de carbono.
Nos arredores de São Francisco, uma notável mudança no cenário ambiental dos Estados Unidos ganha destaque: a recente inauguração da instalação de Captura Direta de Ar (DAC) da Heirloom Carbon Technologies.
Pela primeira vez em território norte-americano, uma estrutura comercial não apenas retira CO2 da atmosfera, mas também o armazena de maneira segura no subsolo, marcando um avanço significativo na busca por soluções eficazes para a redução das emissões de carbono.
Entenda como a nova tecnologia funciona
Imagem: Shutterstock/petrmalinak
Enquanto muitas instalações de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) operam globalmente, focando a captura de novas emissões provenientes de processos poluentes existentes, a tecnologia DAC da Heirloom se destaca ao remover carbono do ar sem depender de processos industriais associados.
A empresa assegura a segurança do armazenamento, depositando o carbono em repositórios subterrâneos de concreto.
A planta pioneira da Heirloom, situada em Tracy, na Califórnia, embora pequena, já demonstra seu potencial ao capturar mil toneladas de CO2 anualmente.
Shashank Samala, CEO e cofundador, destaca em comunicado de imprensa o ambicioso plano de expandir essa capacidade para milhões de toneladas anuais, replicando o design básico da instalação.
Durante a inauguração, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e Jennifer M. Granholm, chefe do Departamento de Energia da Administração Biden, elogiaram a planta como um modelo alinhado aos esforços nacionais para redução das emissões de carbono.
Financiadores influentes, como Microsoft e Shopify, respaldam a Heirloom, vislumbrando a venda de “créditos de remoção de carbono” como uma forma avançada de compensação para empresas que buscam neutralizar suas próprias emissões.
Embora iniciativas como a Heirloom representem avanços positivos na redução das emissões de CO2, críticos apontam para os riscos associados à venda de créditos de carbono, alertando para a possibilidade de as empresas obterem uma “licença para poluir”.
A captura direta do ar, contudo, emerge como uma evolução em relação aos métodos tradicionais de captura de carbono.
No atual panorama ambiental, a pergunta que permanece é se empresas e governos estão dispostos a transformar essas inovações em ações concretas para alcançar uma redução efetiva das emissões.
O desafio está lançado, e a necessidade de ações imediatas é clara para aqueles que buscam verdadeiramente enfrentar a crise climática.