'Napoleão': críticas de historiador sobre o filme tiram Ridley Scott do sério
Tensão entre Ridley Scott e o historiador Dan Snow destaca o debate contínuo sobre como equilibrar a liberdade criativa com a fidelidade histórica em produções cinematográficas.
O renomado cineasta Ridley Scott não conseguiu conter sua irritação diante das críticas do historiador Dan Snow sobre seu aguardado filme “Napoleão” (2023).
O longa-metragem, estrelado por Joaquin Phoenix no papel principal e Vanessa Kirby como Josefina de Beauharnais, promete ser destaque na temporada de premiações de 2024 ao retratar a vida de Napoleão Bonaparte.
Críticas de historiador tiram Ridley Scott do sério
Snow utilizou a plataforma TikTok para expressar suas críticas à produção, destacando supostas falhas históricas presentes nos trailers.
Dentre suas observações, o historiador contestou a representação do ataque às pirâmides do Egito por Napoleão, criticou o estilo de cabelo da Rainha Maria Antonieta e apontou a ausência do protagonista durante a decapitação da monarca.
Imagem: Getty Images/Reprodução
Ao ser questionado sobre as críticas em uma entrevista à revista New Yorker, Ridley Scott respondeu de maneira incisiva: “Vá arrumar o que fazer”.
O diretor, conhecido por sua visão única no mundo cinematográfico, parece não estar disposto a comprometer sua narrativa em prol de detalhes históricos.
Joaquin Phoenix, em concordância com Scott, reforçou a abordagem artística da obra em uma entrevista à revista britânica de cinema Empire.
O ator sugeriu que, para compreender verdadeiramente Napoleão, é necessário empreender leituras e estudos próprios.
Ele enfatizou que assistir ao filme proporcionará uma experiência única sob a perspectiva de Ridley Scott, ressaltando a bem-sucedida parceria prévia da dupla em “Gladiador” (2000).
A controvérsia entre o cineasta e o historiador acrescenta uma dimensão intrigante à antecipação em torno de “Napoleão”.
Enquanto Scott e Phoenix defendem a liberdade artística em relação aos fatos históricos, Dan Snow destaca a importância da precisão histórica ao retratar personalidades como Napoleão.
Esta tensão promete ampliar o debate sobre o equilíbrio entre entretenimento e fidelidade aos eventos reais, transformando “Napoleão” em um ponto focal não apenas para amantes de cinema, mas também para entusiastas da história.