Polêmica do cachê: Suzane von Richthofen recebeu pelos filmes?

Roteirista da trilogia revela se os envolvidos no caso receberam algum valor pelas obras.

O caso da morte do casal Richthofen é um dos crimes mais notórios e chocantes da história do Brasil. O trágico evento ocorreu em 2002 e envolveu a morte de Manfred e Marísia von Richthofen, pais de Suzane von Richthofen, e a subsequente tentativa de encobrir o crime.

A história ganhou notoriedade pela sua complexidade e pelo envolvimento de indivíduos da alta sociedade brasileira.

Em 2002, Suzane von Richthofen, em colaboração com seu até então namorado Daniel Cravinhos, além do irmão deste, Cristian Cravinhos, elaborou e executou o assassinato de seus pais.

O crime ocorreu na residência da família, em São Paulo, onde os três réus usaram um pedaço de pau para espancar as vítimas até a morte. O motivo por trás desse terrível ato estava relacionado a conflitos familiares e financeiros.

Posteriormente, o trio tentou encobrir o crime, inicialmente alegando um suposto sequestro. Contudo, as investigações logo revelaram contradições em seus depoimentos, o que os levou à confissão dos assassinatos.

As confissões, por sua vez, foram fundamentais para o processo de investigação e julgamento. Em 2006, Suzane von Richthofen, Daniel Cravinhos e Cristian Cravinhos foram condenados pelo assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen.

Suzane recebeu uma pena de 39 anos de prisão, enquanto Daniel e Cristian foram condenados a 38 anos. A tragédia abalou o Brasil e gerou discussões acerca da pena de prisão e do sistema judicial do país.

Caso chega às telas

O cineasta Raphael Montes dirigiu uma trilogia de filmes que abordam os eventos relacionados a esse caso.

O primeiro longa, intitulado “A Menina que Matou os Pais”, foi lançado em 2020 e explorou a perspectiva dos outros envolvidos, além de Suzane, sobre os eventos que levaram aos assassinatos.

Imagem: Tec Mundo/Reprodução

Em seguida, veio o segundo filme, “O Menino que Matou meus Pais”, lançado em 2021. A produção apresentou a versão de Suzane sobre o caso, mas ambos os filmes basearam-se nas confissões dos acusados e nas informações publicamente disponíveis até então.

No decorrer deste ano, o diretor lançou “A Menina que Matou os Pais: A Confissão”, explorando a investigação policial e a evolução do caso na justiça. Ambos os filmes foram polêmicos, já que reavivaram o interesse público sobre o caso e gerou discussões sobre a ética de transformar um crime real em entretenimento cinematográfico.

Os acusados receberam algum valor pelas obras?

Recentemente, em suas redes sociais, o diretor Raphael Montes enfatizou que nenhum valor arrecadado com os filmes foi repassado aos condenados.

Ele explicou que a trama dos filmes baseou-se nas confissões e depoimentos públicos dos acusados e que em nenhum momento tentou romantizar ou retratar os acusados como inocentes.

O caso da morte do casal Richthofen continua a intrigar e chamar a atenção do público, e a trilogia de filmes dirigida por Raphael Montes trouxe uma nova perspectiva sobre esse crime marcante na história do Brasil.

Apesar das polêmicas geradas pelos longas, eles serviram como um lembrete das consequências devastadoras de atos de violência e homicídio.

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