De onde veio? Um novo MISTÉRIO ronda as Pedras de Stonehenge
Pedra central de Stonehenge: após estudos, artefato parece ter origem completamente misteriosa e desconhecida até então.
A construção de Stonehenge, localizada na Inglaterra, sempre foi repleta de mistério, com círculos de pedra que alcançam até 5 metros de altura e pesam quase 50 toneladas. Até então, pouco se sabia sobre como essa monumental estrutura foi erguida.
Agora, uma análise recente da Pedra do Altar, um megálito imponente de 6 toneladas, revela uma reviravolta intrigante: essa pedra não compartilha a mesma origem das demais pedras que compõem o círculo interno do monumento. Ou seja, há mais um mistério nessas construções para ser desvendado.
Imagem: G1/Reprodução
O que estudiosos pensavam sobre Stonehenge?
A Pedra do Altar é a maior das estruturas em Stonehenge, e a crença era de que ela também havia sido transportada junto com as demais pedras menores. No entanto, através de várias técnicas, incluindo fluorescência de raios X e espectroscopia Raman, os autores do estudo descobriram que a Pedra do Altar não tem a mesma mineralogia do Arenito Vermelho Antigo encontrado na Bacia Anglo-Galesa.
Sendo assim, Stonehenge é uma estrutura construída em múltiplas fases ao longo de milênios, composta por 56 pedras que se originaram na área de Mynydd Preseli, no País de Gales, localizado a cerca de 225 quilômetros de distância de onde está o monumento.
Com base nisso, o transporte das pedras é visto como uma das maiores distâncias de transporte conhecidas de uma fonte para um monumento em qualquer lugar do mundo.
Como resultado disso, estudiosos concluíram que a Pedra do Altar não deve mais ser associada às rochas que vieram de Mynydd Preseli. Durante as análises, os pesquisadores também detectaram concentrações significativamente mais altas de barito, um mineral composto de sulfato de bário, na Pedra do Altar em comparação com o ORS galês.
Buscando fontes alternativas de arenito com teor elevado de bário em outras partes do Reino Unido, os autores destacam depósitos em Cúmbria, no norte da Inglaterra. Além do mais, também nas ilhas escocesas de Orkney e Shetland como possíveis candidatos para a fonte original da grande pedra.
Ambas as regiões têm monumentos neolíticos, sugerindo que as pedras foram extraídas por populações locais e possivelmente usadas para fins rituais em locais semelhantes.
Além disso, existem evidências que sugerem migrações entre Stonehenge e essas regiões por volta de 2.500 a.C., coincidindo com a segunda fase da construção do monumento.
Os pesquisadores, portanto, acreditam que a Pedra do Altar pode ter sido transportada para Stonehenge nesse período, muito depois que as pedras originais foram colocadas no local.
No entanto, serão necessárias análises adicionais para confirmar de onde vem a mineralogia do megálito com os depósitos no norte da Inglaterra ou da Escócia.