Declínio da TV paga: streaming é o novo 'rei' do entretenimento?

Em 2023, a TV por assinatura sofreu uma queda de 14,7% nas visualizações, segundo a Anatel. Saiba o que isso significa para o futuro desse segmento.

Nos últimos anos, o sistema de streaming revolucionou a forma como as pessoas consomem conteúdo. Antes, dependíamos da TV ou da compra de DVDs para assistir aos nossos filmes favoritos.

Com o streaming, tudo mudou. Agora, com apenas alguns cliques, é possível escolher exatamente o que se deseja assistir, quando e onde quiser.

Plataformas como Netflix, Amazon Prime e HBO Max alcançaram muitos lares ao redor do mundo. Além da comodidade, esses serviços oferecem uma vasta variedade de opções, que incluem filmes, séries e animações.

Essa facilidade de acesso e personalização tem levado milhões de pessoas a preferir o streaming em detrimento das formas tradicionais de mídia.

Diante disso, é correto afirmar que esse avanço está mudando a maneira como as pessoas assistem a conteúdos. A TV tradicional possui horários fixos e comerciais, enquanto o streaming permite escolher o que assistir e quando assistir.

Além disso, as plataformas de streaming investem em produções exclusivas e de qualidade. Com essa liberdade e variedade, o streaming pode acabar diminuindo ainda mais a popularidade da TV.

Nesse contexto, muitos já acreditam que, em breve, a era do streaming pode realmente dominar o cenário de entretenimento mundial.

O que dizem os especialistas?

Durante uma entrevista, Eduardo Tude, que ocupa uma posição de liderança na Teleco, enfatizou as vantagens inegáveis de utilizar serviços de streaming em comparação com a televisão tradicional.

No entanto, ele destacou um desafio crucial: a excelência da imagem transmitida está diretamente ligada à qualidade da conexão com a internet. Tudo sugere que uma velocidade de, no mínimo, 10 Mbps, é essencial para uma boa experiência.

Foto: Freepik/Reprodução

Sobre os valores

Além disso, é importante enfatizar um detalhe técnico: ao optar por serviços de streaming que oferecem canais televisivos, é possível encontrar valores mais baixos. Isso ocorre porque esses serviços não estão sob a jurisdição da lei de TV paga, a SeAC. Portanto, esses serviços carecem de uma regulamentação mais específica.

Uma vantagem secundária, mas relevante, é que ao se distanciarem dessa legislação, as empresas de streaming não estão sujeitas a certos impostos. Esse fator reduz os custos operacionais, o que, por sua vez, pode resultar em tarifas mais atraentes para os consumidores finais.

Mas, afinal, a TV paga vai acabar?

De acordo com um estudo recente, foi observado que, no período de um ano, culminando em junho de 2023, houve uma retração significativa de 14,7% nas visualizações de TV por assinatura, conforme dados divulgados pela Anatel.

Contudo, apesar da notável queda na popularidade da TV paga, especialistas preveem que esse serviço continuará a ter sua presença no mercado. Espera-se que, mesmo com uma parcela do público migrando para outras formas de consumo de mídia, a TV por assinatura não desaparecerá completamente.

Em suma, a transformação do mercado está em curso, mas a persistência dessa modalidade de serviço ainda está prevista.

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