De olho no futuro: Brasil busca acelerar implantação e adesão ao 5G enquanto fica aquém de outros países

Diferente de diversos países no mundo, Brasil demora para se conectar com esta tecnologia.

Desde sua chegada ao Brasil em 2020, a tecnologia 5G tem enfrentado desafios na sua implantação e adesão, deixando o país atrás de outras nações líderes nesse avanço tecnológico. Além disso, a adesão dos consumidores à rede 5G também tem sido tímida.

Embora a velocidade de implantação no Brasil esteja acima das metas estabelecidas no leilão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em 2021, o país ainda está distante de alcançar os níveis já presentes em nações como China, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos e União Europeia (UE).

Brasil ainda tem desafios para implantar o 5G

De acordo com informações do estudo da EU 5G Observatory apresentado pelo diretor de soluções de rádio da Ericsson, Paulo Bernardocki, o Brasil possui apenas sete estações rádio-base (ERBs) para cada 100 mil habitantes.

Esse número representa menos da metade das instalações presentes em outros países de destaque: Estados Unidos com 30, Japão com 40, União Europeia com 69 e Coreia do Sul com impressionantes 415 ERBs para cada 100 mil habitantes.

Em termos absolutos, o Brasil conta com cerca de 14,8 mil estações de 5G enquanto o Japão já alcançou 50 mil e a China lidera com impressionantes 2,29 milhões de antenas 5G, posicionando-se como líder mundial nessa infraestrutura.

Imagem: Freepik/Reprodução

Adesão ao 5G no Brasil

A análise da Ericsson Mobility Report, publicada em junho, revelou que o consumo de vídeo, que atualmente representa 70% do tráfego de rede, atingirá 80% até 2028.

Por isso, a demanda por conexões móveis também continuará a aumentar, levando as operadoras a intensificar seus esforços para oferecer 5G. Atualmente, apenas 182 operadoras em todo o mundo disponibilizam essa tecnologia aos consumidores.

Por outro lado, a adesão dos brasileiros ao 5G também está aquém das expectativas. Apenas 11,4 milhões de pessoas utilizam a rede no país, resultando em aproximadamente 5,6 mil assinantes a cada 100 mil habitantes.

Em comparação, países como Japão registram 14 milhões de usuários, Coreia do Sul com 25 milhões (equivalente à metade da população local), Europa com 31 milhões, Estados Unidos com 79 milhões e China liderando com impressionantes 357 milhões de usuários.

Impulsionando o Futuro do Tráfego Móvel, Paulo Bernardocki, da Ericsson, destacou que o tráfego móvel global continuará crescendo nos próximos cinco anos, impulsionado pelo 5G. Assim, tráfegos de tecnologias anteriores, como 2G, 3G e 4G devem estagnar até 2027.

O caminho para acelerar a implantação e adesão ao 5G no Brasil é um desafio complexo, mas à medida que a tecnologia continua a se desenvolver e a demanda por conectividade móvel cresce, é essencial que o país acompanhe o ritmo das nações líderes para aproveitar plenamente os benefícios e as oportunidades proporcionados por essa inovação.

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