Cientistas usam IA e conseguem decifrar idioma mais antigo do mundo
Cientistas desenvolvem inteligência artificial (IA) capaz de traduzir textos do idioma mais antigo do mundo.
No vasto campo da inteligência artificial, avanços surpreendentes continuam a abrir novas possibilidades e desafiar as fronteiras do conhecimento humano.
Recentemente, um marco extraordinário foi alcançado, pois uma tecnologia inovadora de tradução por inteligência artificial conseguiu decifrar e traduzir com sucesso o idioma considerado como mais antigo do mundo.
Ao longo da história, muitas línguas ancestrais foram perdidas, deixando apenas fragmentos de textos antigos como testemunho de suas existências. Um desses idiomas misteriosos, cujos registros são escassos, é considerado o mais antigo já registrado pela humanidade.
Em razão desses fatores, sua decifração e compreensão têm sido um desafio constante para estudiosos e linguistas. Contudo, agora, graças aos avanços tecnológicos, o idioma mais antigo do mundo pôde finalmente ser decifrado.
Cientistas usam IA para decifrar Acádio, idioma mais antigo do mundo
Imagem: Prepara Enem/Reprodução
O acádio é conhecido por ser cuneiforme, ou seja, apresenta uma forma de escrita pictográfica que consiste em marcas feitas em tábuas de argila, posteriormente secas ao sol.
Essas tábuas são uma das fontes principais de conhecimento sobre o idioma, permitindo que estudiosos elaborem suas interpretações, gramática e estrutura.
Como o idioma foi decifrado?
Cientistas e arqueólogos israelitas da área de Computação desenvolveram uma IA que foi capaz de traduzir o acádio para o inglês. Nas primeiras fases, a tecnologia foi testada para ser mapeado para o latim, uma das etapas elaboradas manualmente pelos estudiosos, apresentou eficácia de 97% de precisão.
Uma outra versão do modelo de tecnologia também elabora uma tradução direta para o inglês, mas os dados emitidos, ou seja, as frases elaboradas para o inglês, não fazem sentido no acádio.
Diante disso, a IA ainda não tem precisão 100%, mas seu desempenho é melhorado em traduções de textos que tenham até 118 caracteres, principalmente para conteúdos formais, como decretos.
Gai Gutherz, líder do estudo, relata o seguinte:
“Traduzir todas as tabuletas pode nos expor aos primeiros dias da história, à civilização daquelas pessoas, no que acreditavam, sobre o que falavam, o que documentavam.”