Mais de 60 anos de legado: 'Psicose' é responsável por uma exigência inusitada dos cinemas

O lendário “Psicose“, filme dirigido pelo renomado Alfred Hitchcock, deixou um impacto duradouro no mundo do cinema que é sentido ainda nos dias atuais, isso mais de seis décadas após sua estreia nas telonas.

Considerado um dos primeiros exemplares do gênero slasher, esse filme de terror é uma peça fundamental para entusiastas do cinema graças às suas reviravoltas memoráveis na trama. Além disso, o longa conta com uma trilha sonora arrepiante e um protagonista peculiarmente empático em Norman Bates.

Ao longo das últimas seis décadas, Hollywood continuou prestando homenagens ao tema, ao antagonista e à famosa cena do chuveiro de “Psicose”, referenciando-os e replicando-os em outros filmes.

Com base nisso, a influência cultural de Hitchcock vai além de uma das cenas mais marcantes do longa: ela também abrange uma solicitação inusitada que deixou todo mundo surpreso.

Foto: Tribuna de Jundiaí/Reprodução

Como ‘Psicose’ se tornou uma referência e mudou o cinema?

Alfred Hitchcock adotou uma abordagem única ao lançar “Psicose”, utilizando trailers com poucas cenas do filme e recusando-se a permitir entrevistas com as estrelas Anthony Perkins e Janet Leigh. O objetivo com isso era preservar os segredos do enredo.

Apesar disso, uma mudança feita por Hitchcock teve um impacto duradouro na indústria cinematográfica. “Psicose” foi o primeiro filme lançado nos Estados Unidos a proibir a entrada após o início da exibição. Antes disso, era comum os espectadores chegarem durante o filme para ver uma estrela em particular ou aproveitar uma cena específica.

Com essa exigência, Hitchcock insistiu que o público assistisse ao longa do início ao fim e a estratégia de marketing do filme deixava claro que entradas tardias não seriam permitidas.

E, apesar de os cinemas terem inicialmente hesitado em adotar essa nova política, os horários restritos criaram filas de pessoas ansiosas para assistir ao filme e reforçaram a atmosfera de evento nos cinemas.

A insistência de Hitchcock em não permitir entradas tardias em “Psicose” se deve às reviravoltas surpreendentes da trama.

Como a estratégia de marketing do filme se concentrou na personagem de Leigh, Marion Crane, Hitchcock temia que aqueles que entrassem no cinema tarde ficassem confusos e decepcionados se a personagem já não estivesse presente quando chegassem.

E, se você notar, essa técnica de não entrar depois do início do filme segue até hoje em alguns cinemas espalhados pelo mundo; ou seja, “Psicose” criou uma grande mudança que é tida até os dias atuais.