DNA preservado em chiclete antigo revela segredos da evolução humana
Dá pra imaginar? Um chiclete de seis mil anos pode ter um detalhe incrível sobre a evolução da raça humana. Veja!
Você imagina que possa existir um chiclete tão antigo a ponto de conter informações sobre a evolução humana? Pois saiba que há, e os especialistas estão aqui para mostrar isso.
Conheça agora a história de um chiclete um tanto quanto incomum que foi capaz de dar mais informações sobre os ancestrais dos seres humanos. Você com toda certeza vai se surpreender!
O que esse chiclete revelou?
Há 5.700 anos, uma mulher de cabelos escuros e olhos azuis mastigava um pedaço de alcatrão, que foi cuspido logo em seguida. Esse pedaço ficou envolto em lama por vários milênios, mas durante as escavações de Saltholm, na Dinamarca, um grupo de arqueólogos descobriu o chiclete primitivo.
Mais tarde, cientistas da Universidade de Copenhague conseguiram extrair o genoma completo da mulher a partir desse “chiclete”. Sob a liderança do Dr. Hannes Schroeder, o grupo de pesquisadores obteve sucesso na extração do genoma completo preservado no material.
Essa conquista marca a primeira vez em que um genoma humano antigo completo foi retirado de algo que não sejam ossos. Dessa forma, a equipe pôde determinar a aparência física da pessoa que mastigou esse pedaço de alcatrão, que tem um pouco mais de um centímetro de comprimento.
Veja uma imagem do material mastigado e ajudou na comprovação:
Ao realizar a análise genética, os pesquisadores não só conseguiram determinar a cor da pele, do cabelo e dos olhos do indivíduo, mas também o perfil patogênico e microbiano da boca.
O Dr. Hannes Schroeder, pesquisador da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Copenhague e autor principal do estudo sobre o assunto, publicado na revista Nature, comentou que sua equipe foi capaz de recuperar DNA de micróbios orais e vários patógenos humanos importantes.
Isso inclui fragmentos de DNA do vírus Epstein-Barr, que atualmente infecta 90% da população humana. Essa descoberta já é uma fonte valiosa de material genético antigo, especialmente para períodos em que não há restos humanos disponíveis. A novidade está sendo vista como um grande ato da ciência.