Auroras boreais e austrais: entenda por que esses fenômenos têm sido vistos com mais frequência
Embora seja conhecido, esse evento espetacular intriga algumas pessoas até hoje.
O planeta Terra é repleto de lugares com vistas deslumbrantes e únicas criadas de maneira natural. Nesse contexto, uma dessas maravilhas são as famosas luzes que vagam na atmosfera, especialmente no extremo norte ou sul. E aqui estamos falando das auroras boreais ou, quando ocorrem ao sul, auroras austrais.
Como dito, esses fenômenos ocorrem principalmente próximos aos polos, chamando a atenção de turistas que viajam longas distâncias para prestigiá-los.
Porém, latitudes um pouco mais baixas do planeta ainda são privilegiadas com a vista. Mas você sabia que já ocorreram auroras em locais ainda mais inesperados? Saiba o motivo do ocorrido!
Por que esse fenômeno tem aparecido em locais inesperados?
Primeiramente é importante entender todo o processo de formação das auroras para então entender como elas puderam ser avistadas longe dos polos.
Como essas luzes no sul e no norte são formadas?
O nome aurora advém de um erro de Galileu, que acreditava que as luzes eram provenientes do reflexo da luz solar no planeta. Porém, embora seja realmente um fenômeno com a participação da nossa estrela, não é apenas um reflexo que origina essas belezas naturais.
A Terra, assim como outros planetas, possui um campo magnético que a envolve. Esse campo é responsável pelo movimento de partículas elétricas e radiação que atinge o planeta. E a aurora é um evento resultante da interação de ventos solares com o campo magnético e os gases da atmosfera.
Esses ventos são causados por tempestades solares, que liberam íons em direção à Terra e são espalhados pelo campo magnético, que age como escudo, direcionando aos polos.
Algumas partículas entram na atmosfera e interagem com os gases, liberando energia em forma de luz, e suas cores diferem de acordo com o gás excitado e a camada da atmosfera onde o gás se localiza.
Onde e quando mais o fenômeno ocorre?
As auroras são visíveis principalmente nas zonas “aurais”, que ficam entre 60 e 75 graus de latitude, sendo ao sul ou ao norte. O local também não deve ter a atmosfera poluída, pois assim as partículas excitadas perdem a energia ao interagir com outras igualmente pesadas, sem a liberação em forma de luz.
Locais como Noruega, Finlândia, Alasca e Manitoba são exemplos de regiões no hemisfério norte onde a ocorrência desses eventos é mais frequente. Ao sul, temos a Antártida e o sul da Nova Zelândia, por exemplo, onde podem ser vistos nas estações mais frias do ano.
Além dos locais, se você busca por uma vista bela das auroras, é necessário se atentar aos períodos relacionados à atividade solar.
Como o Sol possui um tempo de rotação de 27 dias e as auroras aparecem após tempestades solares, isso significa que o ponto em que se localiza a mancha referente à tempestade solar passa pelo mesmo lugar nesse mesmo período.
Ademais, os astrônomos já concluíram que as tempestades solares têm atividades mais recorrentes a cada 11 anos. E de acordo com o cálculo dos períodos, o pico de ocorrência dos eventos acontece entre 2024 e 2025. Nesses picos, a atividade pode ser intensa a ponto de expandir a zona auroral.
Presença em outras partes do planeta
Em 1859, por exemplo, houve a maior referência conhecida de aurora boreal e austral. Na época, as luzes foram vistas em locais como Cuba e Chile, chegando próximas à linha do Equador. Isso foi decorrente de tempestades solares de magnitude absurda.
Recentemente, as atividades solares foram capazes de dar origem a luzes visíveis na Inglaterra e no Arizona (EUA), algo totalmente incomum.