Vale a pena antecipar a restituição do Imposto de Renda?
Antecipação da restituição é um tipo de empréstimo oferecido pelos principais bancos brasileiros.
Os bancos oferecem uma modalidade de crédito aos correntistas que declararam o Imposto de Renda (IR) e que desejam receber o dinheiro da restituição antes do prazo final. Para ter acesso a essa opção e antecipar a restituição do Imposto de Renda, o correntista precisa pagar juros e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Mas será que vale a pena?
Via de regra, os bancos disponibilizam a antecipação somente para os correntistas que escolheram receber a restituição nas suas contas correntes. A taxa de juros ligada ao valor vai variar de acordo com a instituição financeira escolhida pela pessoa.
Um atrativo da opção é que ela permite que a pessoa receba 100% do valor que será restituído. Para a maioria dos casos, quando o correntista recebe o depósito da restituição na conta, a dívida é quitada automaticamente.
Calendário da restituição do Imposto de Renda 2023
O período da restituição do Imposto de Renda é muito aguardado pelos contribuintes. Para ajudar na organização dos correntistas, a Receita Federal já divulgou que todas as pessoas que conseguiram enviar a declaração até 10 de maio têm mais chances de conseguir receber a restituição no primeiro lote, que será pago no final de maio.
Com a declaração em dias, basta atentar para as datas do calendário para o retorno dos valores, confira:
- 1º lote: 31 de maio de 2023
- 2º lote: 30 de junho de 2023
- 3º lote: 31 de julho de 2023
- 4º lote: 31 de agosto de 2023
- 5º lote: 29 de setembro de 2023
Antecipar a restituição compensa?
Mas como saber se realmente vale a pena antecipar a restituição do Imposto de Renda? Uma vez que o empréstimo gera custos adicionais ao contribuinte, é necessário colocar na balança a real necessidade de ter acesso ao valor mais cedo.
Um ponto a se considerar é que, se o valor recebido superar – consideravelmente – o valor dos juros e do IOF, talvez compense retirar o dinheiro antecipadamente, por exemplo.
No entanto, vale refletir. Porque, caso o correntista caia na malha fina, ele ainda vai ter que arcar com o contrato do empréstimo, além dos acertos devidos para que a sua situação seja regularizada.
Além do mais, as taxas de juros que os bancos informam são nominais, então o custo total da retirada do valor pode ser mais alto do que o esperado. Por isso, é importante prestar atenção no contrato ao Custo Efetivo Total (CET) da operação.
Geralmente, o posicionamento mais prudente é evitar a antecipação do empréstimo para consumo ou qualquer outra situação que possa ser adiada.