Proibição da língua inglesa na Itália vai ou não ocorrer, afinal? Entenda o que está acontecendo
Deputado italiano busca proibir o uso do inglês em documentos oficiais e gera discussões sobre a preservação da língua.
Recentemente, um fato chamou a atenção da população italiana e ganhou destaque na mídia. O deputado Fabio Rampelli aceitou um novo projeto cujo objetivo proibir o uso da língua inglesa nos documentos oficiais. A proposta foi apresentada no dia 7 de abril de 2023 e causou polêmica na Itália.
De acordo com o texto, aqueles que descumprirem a lei poderão ser multados em até 27,5 mil reais. Em casos extremos, a multa pode chegar a 55 mil reais, equivalente a cerca de 10 mil euros.
O deputado Rampelli tem ligações com o partido “Irmãos da Itália”, o mesmo da primeira-ministra Giorgia Meloni. A proposta gerou discussões acaloradas sobre a necessidade de proteger a língua italiana e preservar a cultura do país.
Pronunciamento oficial da Itália
O vice-premiê e atual ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, fez um pronunciamento para esclarecer a situação em relação ao projeto de lei proposto pelo deputado Fabio Rampelli, que visa proibir o uso da língua inglesa em documentos oficiais no país europeu.
A declaração foi feita com o objetivo de impedir que a imagem do governo seja prejudicada por possíveis críticas que possam surgir.
Tajani destacou que a ideia não tem qualquer relação com os demais membros do governo, e que foi uma iniciativa individual do deputado Rampelli. Com isso, seu o objetivo foi deixar claro que o projeto de Rampelli não é uma posição oficial do governo italiano.
Depois do anúncio feito pelo deputado sobre sua proposta de lei, houve uma pergunta direta feita a Tajani, ministro das Relações Exteriores, sobre se a ideologia de Benito Mussolini estava relacionada com a iniciativa de Rampelli.
Em resposta, o ministro enfatizou que a defesa da língua italiana não tem relação com Mussolini. É importante ressaltar que a França também implementou uma lei em 1994 que exigia que documentos oficiais do governo, publicidade, contratos comerciais e locais de trabalho fossem redigidos em francês, permitindo o uso do inglês apenas quando não houvesse palavras em francês.