INÉDITO! Cientistas descobrem esqueleto com formação óssea rara em Portugal

As pesquisadoras deduziram que a anomalia deveria causar muitas dores.

Uma escavação realizada por pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, descobriu um esqueleto com uma formação óssea rara. A pesquisa foi publicada em uma edição de março da revista International Journal of Paleopathology.

O esqueleto estava junto a outros 151 esqueletos (106 adultos e 45 crianças), em uma escavação realizada entre 2002 e 2003, na Praça Alexandre Herculano. Esse era o lugar onde ficava a antiga necrópole da Igreja de São Julião.

A ossada é datada dos séculos 14 a 19 d.C. e pertencia a uma mulher da aldeia de Constância. A mulher deveria ter 1,54 m de altura e cerca de 50 anos de idade, os pesquisadores consideram que ela tenha desenvolvido a condição devido a um trauma grave, porém desconhecido.

De acordo com a pesquisa, a condição, além de bizarra, era dolorosa. Isso porque formação se projetava do osso da coxa e consistia em um enorme nódulo de oito centímetros.

Os arqueólogos encontraram o esqueleto de costas, com as mãos apoiadas na pélvis e uma moeda no antebraço esquerdo, com a cabeça inclinada para a direita. Os restos mortais da mulher estavam bem conservados, porém incompletos, pois estavam sem o fêmur esquerdo.

Deduções sobre o esqueleto com formação óssea rara

As pesquisadoras da Universidade de Coimbra, Sandra Assis (autora) e Joana Garcia (coautora), que estudam esse esqueleto com formação óssea rara, fizeram algumas considerações. As análises indicam que o nódulo criado pela formação óssea prejudicava muito a mobilidade da mulher.

A lesão no fêmur da mulher brotou onde um músculo se encontra com o osso interno da corra e o osso púbico. A lesão pode ser, segundo as autoras, um provável caso de miosite ossificante traumática.

Durante a pesquisa, as análises consideram que a lesão pode ter acontecido em um acidente aleatório ou relacionado à ocupação da mulher.

Estima-se que o trauma que gerou a formação tenha acontecido entre seis e um ano antes de sua morte. No entanto, não se sabe a causa do trauma em si.

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