Ciência pode explicar o que há por trás de experiências paranormais
Pesquisas científicas nos mostram que é possível compreender experiências sobrenaturais de forma racional.
Você já viveu alguma experiências paranormais em que sentiu que não estava só mesmo estando em um lugar sem pessoas? Neurocientistas buscam explicar o que ocorre em nosso cérebro quando sentimos presenças de outras pessoas sem que elas estejam fisicamente presentes.
A pesquisa científica está nos mostrando que é possível compreender experiências etéreas por meio de modelos científicos da mente, do corpo e da relação mútua entre eles.
Um estudo realizado em 1894 pela Sociedade de Pesquisa Psíquica publicou o Censo de Alucinações realizado com 17 mil habitantes da Europa. O objetivo principal dessa pesquisa era entender por que era comum que as pessoas tivessem visitas aparentemente impossíveis que prediziam a morte.
Diante desse contexto, os pesquisadores chegaram à conclusão de que tais experiências aconteciam com muita frequência para que fossem atribuídas ao acaso (uma em cada 43 pessoas pesquisadas).
No ano de 1886, a Sociedade de Pesquisa Psíquica publicou o livro “Fantasmas dos Vivos”. Nele, há diversos casos de telepatia, premonições e outros fenômenos incomuns.
Nessa obra, há o relato de um homem que recebeu a visita de uma presença noturna que o avisou para não pegar o barco na manhã seguinte. Logo após, o homem soube que todos que viajavam no barco haviam se afogado.
Essas experiências acontecem frequentemente na vida das pessoas, e a Ciência contemporânea oferece ideias para compreendê-las.
Ciência explica experiências paranormais
Nesse sentido, os pesquisadores descobriram que muitas dessas experiências sobrenaturais podem ter ligação com a paralisia do sono, que atinge cerca de 7% dos adultos.
Muitos dos relatos coletados pelos cientistas soam como hipnagogia, que são experiências alucinatórias que acontecem nos limites do sono.
Na paralisia do sono, nossos músculos permanecem congelados, no entanto, nossa mente está ativa e acordada. Diante disso, estudos apontam que mais de 50% das pessoas que já tiveram paralisia do sono relatam encontrar uma presença.
O interessante é que esses relatos estão em todas as sociedades, mas as presenças noturnas se materializam de maneiras diferentes, podendo dar sensação de conforto ou de medo nas pessoas.
No ano de 2007, os pesquisadores do sono J. Allen Cheyne e Todd Girard apontaram que, se acordarmos paralisados e vulneráveis, nossos instintos fariam nos sentirmos ameaçados.
Com isso, nossa mente preencheria a lacuna. Por fim, é importante salientar que, nos últimos 25 anos, os cientistas descobriram que é improvável que esses casos de experiência “sobrenatural” estejam ligados apenas a problemas com sono, visto que também são relatados em Doença de Parkinson, psicose, experiências de quase-morte e luto.