Famicom rodando DOOM a 60 FPS

A incrível história do "Nintendinho" que tomou Whey e saiu jaula!

DOOM? Falando assim parece que o NES, Famicom, ou o nosso querido vovô “Nintendinho” andou tomando uns suplementos “diferenciados” e está fazendo coisa que nem o seu sucessor, o Super Nintendo foi capaz de fazer.

Mas é mais ou menos isso mesmo que aconteceu. Como sempre “nas gringa” surgiram três youtubers com uma ambição um tanto quanto inusitada: Rodar DOOM no “Nintendinho” Velho de guerra. E sabe o que é mais assustador? Eles conseguiram!

Talvez você agora esteja se perguntando: Isso não seria uma FakeNews para alavancar as visitas do site? Não seria um golpe de publicidade? O colunista bebeu?
Não, meu amigo! Estou sóbrio e muito feliz com esse feito.

O primeiro chamado de suckerpinch chama o processo de emulação reversa, que consiste em fazer o NES rodar jogos de plataformas mais robustas que ele. Os dois outros chamados “The Rasteri” e “Bakutendo” usam o termo NES PiPU, isso porque esse é o nome cunhado pelo “The Rasteri” para o seu projeto.

A idéia é simples. Pega-se um cartucho doador (termo usado em repros para cartuchos que terão suas eproms sacrificadas para a instalação de outras do interesse do jogador) remove o chip PPU dele e no lugar coloca uma Raspberry Pi com um sistema Linux dedicado e o jogo que se deseja no cartucho. Reprograma o chip PRG (a CPU do cartucho) para que ele faça interface correta entre o Raspberry Pi e o console e voilá!

 

Um NES com poder de processamento de um Nintendo 64 ou PlayStation (há que acredite ser possível rodar até jogos de PS2).

Mas e o que significa NES PiPU

Vamos lá. NES você já conhece e se não conhece se trata da sigla em inglês de Nintendo Entertainment System. Já PiPU é o acrônimo de Pi+PPU, onde o Pi se trata do modelo Raspberry que foi usado no experimento e PPU que significa Picture Processing Unit. É nesse circuito integrado que se concentram os sprites dos jogos do NES e no caso em questão, por vezes ele também auxilia o NES no processamento gráfico. Isso é possível de se ver em jogos como Battletoads, Kirby’s Adventure, que usam uma espécie de mode 7 ou um modelo rudimentar de Super FX em alguns elementos do jogo.

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Como o NES organiza seus sprites na PPU.

Então o projeto NES PiPU nada mais é que a substituição do PPU que apresenta um número limitado de sprites e tiles (telhas) por uma Raspberry Pi que será capaz de gerar toda a tabela de sprites e tiles já organizada e processada para que o NES apenas exiba a imagem devidamente organizada.

O mais interessante do projeto é que o console em si não sofre modificação nenhuma e, segundo os youtubers, qualquer versão do console será capaz de rodar qualquer jogo até da sexta geração.

Já fiz um vídeo sobre isso na Telegal TV e você confere aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=XP2gLA9wB30

Lógico, existe uma limitação no visual do jogo que é recorrente da paleta de cores que o Nintendinho é capaz de reproduzir (24 cores mais 8 cores de transparência, totalizando 32 cores simultaneamente), mas segundo o youtuber suckerpinch, essa limitação pode ser ligeiramente superada devido à um recurso nativo do NES chamado de Vblank (que são 20 linhas de varredura que não são exibidas propositalmente para que o NES possa atualizar sua tabela de sprites).

Não sei vocês, mas eu já até fiz planos e pensei à longo prazo! Um adaptador para rodar jogos do SNES ou do Mega Drive no Famicom, além de jogos de consoles com semelhante limitações gráficas para que a adaptação da paleta de cores ocorra de forma mais natural.

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