Sony afirma que pretende BOICOTAR fusão de Microsoft e Blizzard; veja o motivo
Em um tweet, a vice-presidente de assuntos corporativos da Blizzard disse que Jim Ryan, presidente da Sony, quer impedir a fusão das empresas.
Há alguns meses, a discussão entre Sony e Microsoft tem ganhado as páginas dos noticiários. Tudo isso porque a Microsoft, dona da franquia Xbox, está incorporando a sua empresa outra gigante do mundo dos jogos, a produtora Activision Blizzard.
Essa discussão começou pela Sony, dona da franquia PlayStation, considerar que a fusão entre empresas iria causar um desbalanceamento no mercado do mundo dos jogos.
Inclusive, por consequência dessa discussão, os órgãos reguladores do mercado estão analisando todos os detalhes da fusão para identificar se ela de alguma forma vai causar uma crise no mundo dos jogos, seja prejudicando empresas ou consumidores.
A análise está sendo feita por órgãos dos governos da União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos. Ou seja, essa discussão tomou proporções possivelmente nunca vistas antes na indústria de jogos.
Sony vs. Microsoft
As principais alegações da Sony são que os jogos da Blizzard, muito importantes para o mercado, poderiam se tornar produtos exclusivos da Xbox. Isso obrigaria os consumidores a comprar apenas os consoles e demais serviços da Microsoft.
Contudo, o que realmente acontece é que muitas pessoas já estão migrando para os serviços do Xbox, muito por conta do Xbox Game Pass, que garante acesso gratuito a muitos jogos pela assinatura do plano mensal.
A discussão que corre na justiça no entanto é voltada principalmente para a franquia “Call of Duty”, uma das maiores, se não a maior, quando se trata de jogos de tiro em primeira pessoa, o popular FPS.
A polêmica envolve a Sony dizendo que a Microsoft vai tornar o produto exclusivo, enquanto a Microsoft já afirmou e provou que fez diversas propostas para que a franquia seja disponibilizada por ambos.
Inclusive a vice-presidente executiva da Activision para Assuntos Corporativos e CCO, Lulu Cheng Meservey, publicou em seu Twitter revelando que foi oferecido à Sony um acordo de 10 anos para o lançamento igualitário da franquia.
A Sony, por sua vez, recusou a oferta dizendo que a empresa estaria disponibilizando uma versão mal otimizada e cheia de bugs, o que levaria os usuários a perder interesse pela plataforma PlayStation para jogar “Call of Duty“.
Contudo, apesar dessa afirmação, a Nintendo e a NVidia já aceitaram e assinaram o exato mesmo contrato oferecido pela Microsoft/Activision Blizzard.
E ainda em resposta neste mesmo post, Cheng afirma que, em Bruxelas (Bélgica), em depoimento para os órgãos reguladores, Jim Ryan, CEO da SIE (Sony Interactive Entertainment), admitiu que não está interessado em um novo acordo, mas sim em impedir a fusão das empresas.
The CEO of SIE answered that question in Brussels.
In his words:
"I don’t want a new Call of Duty deal. I just want to block your merger.”— Lulu Cheng Meservey (@lulumeservey) March 8, 2023
A tradução do comentário feito pela CCO diz:
O CEO da SIE respondeu a essa pergunta em Bruxelas.
Em suas palavras:
“Não quero um novo contrato de ‘Call of Duty’. Só quero bloquear sua fusão.“
Até o momento, o cenário aponta que a fusão de fato acontecerá, enquanto isso, a Sony continua em maus lençóis com os consumidores.