Paciente é CURADO do HIV após passar por procedimento na Austrália
Notícia traz esperança para pessoas soropositivas.
A AIDS, causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), é uma condição que não tem cura, mas possui tratamento avançado e gratuito oferecido pelo SUS. Ainda assim, todos os anos, equipes de pesquisa de todo o mundo investem esforços e recursos em busca de uma cura para a AIDS.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Bond, na Austrália, divulgaram que um procedimento de alto risco foi capaz de curar um paciente com a doença.
Acompanhe a leitura e saiba tudo sobre a possibilidade de cura para o HIV.
O procedimento
Antes de tudo, é importante entender que o procedimento só pode ser feito quando o paciente apresenta um quadro de leucemia. É justamente essa condição que o paciente curado aos 53 anos apresentava além AIDS.
No entanto, especialistas afirmam que apesar de ser um grande avanço no tratamento da doença, isso não pode ser algo recorrente. Afinal, oferece muitos riscos à pessoa submetida ao processo, assim como ocorreu em Londres e na Califórnia.
Isso porque é feito um transplante de células-tronco, onde o sistema imunológico defeituoso desses pacientes é substituído por um em boas condições.
Assim, as pessoas que apresentam a mutação CCR4-delta 32 em seu DNA (resistência ao vírus) podem ser curadas. Além disso, é necessária a compatibilidade entre doador e receptor.
O paciente
Publicado pelo Nature Medicine, o resultado do estudo também aponta que o paciente mora na Alemanha, mas não teve seu nome divulgado. Além disso, foi divulgado que ele entrou em estado de remissão ao passar pelo transplante de células-tronco em 2013.
Cinco anos depois, os médicos decidiram que não era mais necessário continuar com uso dos antirretrovirais (ARVs), visto não haver mais motivos para controle com medicamentos.
“Ao acompanhar o paciente por uma década após o transplante, os pesquisadores mostraram que seu sistema imunológico resistente ao HIV está estável e funcionando bem, e que o paciente permanece saudável após interromper a terapia antiviral por quatro anos”, disse Ioannis Jason Limnions, pesquisador da Universidade de Bond.
Dessa forma, a comunidade científica passa a apresentar cada vez mais avanços no tratamento da AIDS, mesmo que até então apresentem alto risco.