Trechos racistas serão REMOVIDOS dos novos livros de ‘007’

Em algum momento da sua vida, você provavelmente já se deparou com algum filme do James Bond, ou o agente 007. Isso acontece independentemente de sua idade, afinal o primeiro filme da saga de Bond foi feito em 1962, no qual o protagonista foi interpretado por Sean Connery.

A saga oficial de filmes “007” conta atualmente com seis atores que já interpretaram o personagem, sendo Daniel Craig o mais recente. Acontece que as aventuras do agente especial são mais antigas do que o primeiro filme. Isso porque se iniciou com a publicação de livros.

Os livros da saga têm como autor Ian Fleming. Quanto à primeira publicação, “Cassino Royale”, o lançamento ocorreu em 1953. Portanto, comemora setenta anos em 2023.

No entanto, como é perceptível, o livro foi lançado há muito tempo, em uma época muito diferente da atual. O que consideravam comum ou banal, atualmente, é visto como questões inaceitáveis. Foi pensando nisso que a editora Ian Fleming Publications, responsável pelas publicações do autor, resolveu alterar boa parte dos textos originais.

Modificações nos livros de ‘007’

Acontece que, na época em que foram lançados, a população aceitava termos pejorativos e comentários racistas e machistas, o que hoje se combate. Portanto, além de algumas alterações nos textos em si, haverá uma nota explicativa no início do livro:

“Essa obra foi escrita em uma época em que termos e atitudes que poderiam ser considerados ofensivos pelos leitores modernos eram comuns. Nesta edição, foram feitas várias atualizações, mantendo-se o mais próximo possível do texto original e do período em que ele se passa.”

Esse não é o exato texto que constará no prelúdio. Contudo, sua mensagem é exatamente essa. No mundo atual, não há mais espaço para esse tipo de linguagem ou ideal, portanto, a Ian Fleming Publications optou por realizar tais alterações.

As principais modificações foram quanto a comentários racistas, mais comumente envolvendo personagens negros, mas que foram removidos ou editados para a adequação.

Além disso, é importante destacar que as alterações não são contra a vontade do autor. Apesar de já falecido, Ian Fleming deixou claro que alterações como essas poderiam e deveriam ser feitas.