Transtorno de pica: você sabe do que se trata essa síndrome rara?
Doença faz com que as pessoas sintam vontade de comer coisas não comestíveis de forma insaciável.
A síndrome de pica (ou ainda picacismo e alotriofagia) é um transtorno que faz com que as pessoas sintam o desejo de comer coisas estranhas, como barro, tijolo, cola, papel, terra e outras.
O nome questionável e que pode levar as pessoas a terem certo medo de saber mais a respeito é uma referência ao pássaro pica-pau ou pega-rabuda, que se alimenta de forma aleatória sem ter algo exclusivo para sua dieta.
Os pacientes diagnosticados com essa síndrome já revelaram ter tido vontade de comer tinta, sabão líquido ou em barra e pregos. Não são muitos os casos de pessoas que sofrem com essa doença, mas existe uma porcentagem de pacientes diagnosticados.
Os pacientes com esse problema podem revelar os primeiros sintomas na infância, já que é comum que, durante a introdução alimentar, esses pequenos comam alimentos incomuns, mas o esperado é que, após a idade avançada, a criança comece a parar com esses costumes.
No entanto, alguns não param e podem continuar fazendo isso até a idade adulta. De acordo com o psiquiatra Saulo Ciasca, a vontade de comer o que não deve é tão intensa que a pessoa não consegue resistir, mesmo sabendo que não deve fazer isso.
Diagnóstico do transtorno
O diagnóstico não vem apenas de uma pessoa desejar comer coisas estranhas, e sim de ela permanecer com o desejo de comer coisas variadas e incomuns por mais de um mês.
Os médicos que atuam no tratamento dessa síndrome afirmam que as causas são variadas, e por isso muitos fatores precisam ser levados em conta, como, por exemplo:
Às vezes, pode ser um paciente lidando com a anemia que causa falta de ferro, e assim estimula o desejo por isso no organismo. Pessoas com transtornos mentais também podem lidar com esse problema, como: esquizofrenia, alguns tipos de depressão, ou Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) ou alguma deficiência nutricional grave.
Algumas pessoas gestantes sentem desejos incomuns algumas vezes, mas isso nem sempre significa que ela tem alotriofagia.
O tratamento envolve o acompanhamento com um clínico geral, geriatra, pediatra, psicólogo ou psiquiatra. Cada médico irá avaliar o paciente de uma forma, e por isso o tratamento depende do especialista que está realizando o procedimento.