Vinho pode oferecer proteção contra covid-19? Saiba o que diz este estudo!
Enquanto vinho tinto, branco e champanhe oferecem uma proteção contra a covid-19, o consumo de cerveja, cidra e spirit pode aumentar o risco.
Um novo estudo foi feito pela associação dos hospitais Hospital Shenzhen Kangning e Southwest Hospital, situados respectivamente na China e Estados Unidos. Esse estudo apresentou que pessoas que bebem vinho têm mais contra a covid-19 e pessoas que bebem cerveja têm mais tendência ao vírus.
A primeira vista, a afirmação pode parecer um tanto absurda, mas considerando que o consumo de bebidas alcoólicas mexe com o organismo dos indivíduos, questões como esta podem não ser tão esquisitas. O estudo foi publicado na revista científica National Library of Medicine, no mês passado.
Como foi feito o estudo? E quais os resultados?
Segundo o resumo do artigo, o estudo foi realizado com 473.957 indivíduos, dos quais 16.559 testaram positivo para a covid-19. De acordo com o artigo completo, os dados foram obtidos de 22 diferentes institutos de saúde e, por meio da análise realizada dos indivíduos, foi possível aferir que pessoas com um consumo excessivo de bebidas alcoólicas tinham maior risco de contaminação.
Além disso, perceberam haver uma diferença na proteção contra a covid-19 baseada no tipo de bebida alcoólica consumida. De acordo com os dados, indivíduos que consumiram vinho tinto acima ou duas vezes acima das diretrizes de saúde possuíam uma maior proteção contra o vírus.
Enquanto isso, pessoas que consumiam cerveja, sidra ou spirit (basicamente pinga), independente da quantidade ou frequência, tiveram um maior risco de infecção. Em relação à frequência, o vinho tinto, branco e champanhe, em um consumo de 1 a 4 copos por semana, elevou a resistência dos indivíduos analisados.
Segundo a pesquisa, o vinho tem essa propriedade de proteção, devido a sua grande quantidade de polifenóis. Esses compostos estão presentes em frutos e frutas, tal como a uva, e possuem a pretensão de protegê-los de insetos e infecções microbianas.
Consequentemente, por não perder essa propriedade, o vinho ainda pode possibilitar o aumento dessa substância no organismo, afetando, portanto, vírus e bactérias. Mas o consumo deve ser moderado, por conta dos efeitos adversos do álcool.
No resumo do artigo, os autores concluem que:
“O risco de COVID-19 parece variar entre diferentes subtipos, frequência e quantidade de bebidas alcoólicas. Vinho tinto, vinho branco e champanhe têm chances de reduzir o risco de COVID-19. O consumo de cerveja, sidra, spirits e o consumo excessivo de álcool não são recomendados durante as epidemias. A orientação de saúde pública deve se concentrar na redução do risco de COVID-19, defendendo hábitos de vida saudáveis e políticas preferenciais entre os consumidores de cerveja, cidra e destilados.”
Sendo assim, mesmo que apresentem uma boa taxa de proteção contra o vírus, qualquer bebida alcoólica ainda é contraindicada durante períodos de epidemia ou pandemia.