5 bilhões: cientista recebe bolada da NASA para impedir asteroide
A agência financiou uma pesquisa de R$ 5 bilhões para evitar uma possível catástrofe com um asteroide. Saiba mais sobre essa iniciativa crucial para proteger o planeta Terra.
O professor Dante Lauretta, especialista em ciências planetárias e cosmoquímica da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, revelou ter recebido um financiamento de US$ 1 bilhão (equivalente a cerca de R$ 5 bilhões) da NASA para investigar o asteroide Bennu.
A missão atribuída a Lauretta foi trazer para a Terra uma amostra desse corpo celeste, identificado em 1999.
A NASA estima que o asteroide possa colidir com a Terra em setembro de 2182, potencialmente resultando em consequências catastróficas para o planeta.
“A missão passaria a envolver não apenas o envio de uma espaçonave ao asteroide, mas também o retorno de um pedaço dele à Terra”, afirma o cientista
Isso foi revelado em seu livro ‘The Asteroid Hunter: A Scientist’s Journey to the Dawn of our Solar System’ (‘O caçador de asteroides: a jornada de um cientista ao amanhecer do Sistema Solar’, em tradução livre).
Exploração espacial e a missão OSIRIS-REx
Dante Lauretta é professor de ciências planetárias e cosmoquímica no Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona – Foto: Barbara David/Reprodução
Em um relato publicado no Daily Mail, Lauretta descreve o início da missão em 2020:
“Minha equipe se reuniu no centro de controle no Colorado, todos vestindo os uniformes azuis da NASA, preparados para testemunhar o sucesso ou o fracasso da OSIRIS-REx, a primeira missão dos Estados Unidos a coletar uma amostra de um asteroide”, compartilha o pesquisador.
Em setembro de 2023, a equipe de Lauretta conseguiu trazer uma amostra do asteroide Bennu à Terra.
Análises preliminares divulgadas mais tarde, em fevereiro deste ano, revelaram que a amostra continha quantidades significativas de água e carbono.
Os pesquisadores acreditam que Bennu fazia parte de algum astro rico em água que existiu bilhões de anos atrás.
Com aproximadamente 484 metros de diâmetro, o Bennu é um asteroide composto principalmente de carbono.
Devido à sua estrutura antiga, o Bennu pode conter moléculas orgânicas semelhantes às que estiveram envolvidas na origem da vida na Terra.