1º medicamento para desenvolvimento de novos dentes será testado em humanos
Após 18 anos de pesquisa, cientistas desenvolvem medicamento que promete beneficiar pessoas com anodontia, ou melhor, ausência de dentes permanentes.
Katsu Takahashi, pesquisador avançado no campo da odontologia, tem se dedicado incansavelmente a uma pesquisa inovadora para o desenvolvimento de medicamentos que estimulem o crescimento de dentes.
Sua busca por uma solução eficaz e revolucionária para o nascimento de novos dentes tem despertado grande interesse na comunidade científica e na indústria odontológica.
Takahashi e sua equipe têm se concentrado em compreender os processos biológicos envolvidos no crescimento natural dos dentes, a fim de desenvolver uma abordagem terapêutica precisa e segura.
Durante anos de estudo e experimentação, eles têm explorado cuidadosamente as vias de sinalização celular e os fatores de crescimento que desempenham um papel fundamental na formação dessas estruturas.
Estudo apresenta resultado promissor e remédio será testado em humanos
Imagem: iLexx – Envato Elements/Reprodução
Após se dedicarem inteiramente às pesquisas iniciadas 2005, os cientistas desenvolveram um medicamento composto por anticorpos monoclonais. Esse é o primeiro remédio para crescimento de novos dentes que será testado em humanos.
Os testes em animais tiveram resultados promissores e agora a próxima etapa é analisar a eficácia do remédio em organismos humanos.
O líder pesquisador do estudo e membro da Universidade de Quioto, no Japão, afirmou ao jornal The Mainichi que “a ideia de cultivar novos dentes é o sonho de todo dentista”.
O medicamento será voltado para pessoas acometidas de anodontia, uma condição rara caracterizada pela ausência congênita completa dos dentes permanentes. Ela se difere da agenesia dentária, onde alguns dentes permanentes não se desenvolvem.
Na anodontia, a dentição permanente não se forma, resultando na ausência total de dentes adultos. O início dos testes deve começar em julho de 2024 e, caso tudo esteja nos padrões necessários, o medicamento deve chegar ao mercado em 2030.
O acompanhamento dos resultados do remédio será feito pelos cientistas, que já testaram o composto em voluntários. O primeiro remédio aprovado deve ser destinado a crianças de 2 a 6 anos.